O Estado de S. Paulo

O vinho na cabeceira

- Suzana Barelli

Sempre que vou (ou melhor, ia) a uma livraria, paro na seção de vinhos para ver as novidades das editoras. A grande maioria é de introdução ao mundo do vinho. E me pergunto como o consumidor escolhe seu livro no meio de tantas opções que, salvo exceções, giram em torno do mesmo tema.

A minha sugestão é partir para os livros mais visuais, como o Wine Folly – O Guia Essencial de Vinho (R$ 59,90, na Saraiva), de Madeline Puket com seus sócios. Ele é pequeno, com muito infográfic­o e muita ilustração, escrito de maneira didática. Gosto muito.

Sem recursos visuais, mas com muito conhecimen­to, são os livros de Jancis Robinson. Expert em Vinhos em 24 Horas (R$ 31,92, na Americanas.com) é um livro que todos que se interessam por vinhos deveriam ler, com um panorama geral para quem quer entrar neste mundo ou, apenas, não se sentir tão perdido na prateleira do mercado. Outro é Como Degustar Vinhos (R$ 19,90, na Amazon.com), que, além da teoria, Jancis propõe inusitados testes de degustação. Eu mesma já fiz alguns e fui surpreendi­da.

Para continuar na degustação, outro bom livro é Arte de Degustar o Vinho, do sommelier italiano Enrico Bernardo (só achei na Estante Virtual,

por R$ 150, um livro seminovo). O texto é mais técnico, mas que pode ser compreendi­do por um leigo. Já o recém-lançado Degustação de Vinhos: Rigor e Paixão, de José Luiz Borges (R$ 39,90, na Livraria Florense) tem a capacidade de ensinar sobre vinho e mostrar como a química está presente nele. É o livro que estou lendo (e aprendendo) agora.

Para quem acredita que o melhor do vinho são as suas histórias, há boas sugestões: Vinho e Guerra (R$ 39,42, na Amazon.com), do casal Petie e Don Kladstrup, é talvez o melhor deles, ao contar como os europeus preservara­m seus vinhos em tempos sombrios.

Mais recente é a aventura policial de um ataque aos vinhedos da Romanée-Conti, o vinho mais famoso da Borgonha. Maximillia­n Potter mescla o drama policial – com a ameaça de contaminar o vinhedo – e a trajetória secular deste vinho, em A História do Romanée-Conti e a Trama para Destruir o Melhor Vinhedo do Mundo (R$ 55,92, no Submarino.com). Ainda sobre perigos do vinho, agora sobre o risco de comprar uma garrafa falsificad­a, é a saga do O Vinho Mais Caro da História: Fraude e Mistério no Mundo dos Bilionário­s (R$ 69,90, na Amazon.com), sobre um membro da família Forbes que paga, em um leilão, US$ 156 mil por uma garrafa que, supostamen­te, teria pertencido a Thomas Jefferson.

Gosto muito também do A Viúva Clicquot: a História de um Império do Champanhe e da Mulher que o Construiu (R$ 30,32, na Amazon.com.br), que conta a vida de Barbe-Nicole Clicquot-Ponsardin.

Outros títulos interessan­tes são o O Imperador do Vinho (R$ 12, semi-usado na Estante Virtual), que traça um perfil do megadegust­ador Robert Parker, e o Julgamento de Paris, de George Taber (R$ 200, na Amazon.com.br).

Uma boa biblioteca tem A História do Vinho (R$ 89,90, na Estante Virtual), de Hugh Johnson, e o Atlas Mundial do Vinho (R$ 350, na Estante Virtual), com os mapas das regiões vinícolas. Também aprendi muito com O Gosto do Vinho (R$ 144,90, na Livraria Travessa), de Émile Peynaud. Vale conhecer a pesquisa de Carlos Cabral em Presença do Vinho no Brasil (R$ 111,10, no Mercado Livre), porque, mesmo com o nosso consumo baixíssimo, o vinho está presente no País desde a chegada dos portuguese­s.

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