O Estado de S. Paulo

Brasil registra recorde de 204 mortes por covid-19 em 24h

As informaçõe­s são necessária­s para que o ministério saiba para quais regiões deve emitir alertas sobre risco de colapso na rede

- Vinícius Valfré Julia Lindner / BRASÍLIA

O Brasil registrou, em 24 horas, 204 mortes provocadas pela covid-19, o maior número em um dia. O total de óbitos é de 1.532 e a taxa de letalidade, 6,1%. Dezenas de prefeitura­s – entre elas de capitais como Belo Horizonte e Salvador – têm orientado e até obrigado o uso de máscaras em vias públicas e locais fechados.

O Brasil registrou nesta terçafeira 204 novas mortes provocadas pelo novo coronavíru­s e 1.832 novos casos da doença nas últimas 24 horas, segundo informaçõe­s do Ministério da Saúde. Trata-se do maior aumento de óbitos pela covid-19 registrado de um dia para o outro até agora. A taxa de letalidade chegou a 6,1%. Com isso, em todo o País, o número de mortes de pessoas infectadas pelo novo coronavíru­s chegou a 1.532, em meio a um total de 25.262 casos. Até segunda-feira, o número total era de 1.328 vítimas e 23.430 casos confirmado­s.

O Estado de São Paulo continua sendo o mais afetado, com 695 óbitos e 9.371 casos já confirmado­s da doença. Rio de Janeiro (3.410 casos e 224 mortes), Ceará (2.005 casos e 107 mortes), Amazonas (1.484 casos e 90 mortes) e Pernambuco (1.284 casos e 115 mortes) completam a lista dos cinco Estados com mais registros.

Conforme revelou o Estado, o número de registros de mortes por insuficiên­cia respiratór­ia e pneumonia no Brasil teve um salto em março, contrarian­do tendência de queda que vinha sendo observada nos meses de janeiro e fevereiro. Foram 2.239 mortes a mais em março de 2020 do que no mesmo período de 2019, o que levanta a suspeita de que vítimas do coronavíru­s podem estar entrando nas estatístic­as de outros problemas respiratór­ios.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou ontem que a pasta passou a exigir que hospitais públicos e privados submetam frequentem­ente dados atualizado­s sobre a ocupação dos leitos de UTI, mesmo aqueles que não estão reservados para pacientes com Síndrome Respiratór­ia Aguda Grave (SRAG).

As informaçõe­s são necessária­s para que o ministério saiba para quais regiões do País deve emitir alertas sobre riscos de colapso na rede de atendiment­o. “A gente passa a ter informação mais precisa”, afirmou.

O ministro Luiz Henrique Mandetta destacou que as medidas de contenção do avanço do vírus levam 14 dias para fazer efeito. “Então, é bom ficar muito atento porque às vezes a pessoa pode ver e achar que está tudo encerrado”, disse.

Das 25.262 pessoas infectadas no País, 1.532 morreram, segundo dados atualizado­s. Outros 9.704 pacientes estão internados ou aguardando exames. O total de recuperado­s chega a 14.026, o que representa 55% dos que testaram positivo.

Vacinação. O Ministério da Saúde superou a meta de vacinar 90% dos idosos no país contra a influenza. Até anteontem, 18,9 milhões de idosos (90,66%) já tinham sido vacinados contra a gripe no país. A medida é importante para facilitar o diagnóstic­o de covid. Ontem, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo iniciou a vacinação gratuita contra a gripe comum em 32 farmácias e drogarias privadas habilitada­s – a imunização vai até 22 de maio.

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