O Estado de S. Paulo

DÉFICIT HABITACION­AL COMEÇA A DIMINUIR NO PAÍS

Programa Minha Casa Minha Vida recebe investimen­tos de R$ 135,3 bilhões em todo o território nacional para combater a falta de moradia para a população de baixa renda

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Os brasileiro­s estão morando melhor. Desde maio de 2016 foram entregues 1,25 milhão de unidades habitacion­ais do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV ). Um terço desse total foi destinado a famílias com renda mensal de até R$ 1.800 (faixa 1). Para isso, foram investidos R$ 135,3 bilhões em todo o território nacional. Parte dessas novas moradias – cerca de 66 mil unidades – veio de obras que estavam paradas e foram retomadas nos últimos anos.

Em novembro último, a Caixa Econômica Federal informou também que seu Conselho Curador aprovou uma suplementa­ção de R$ 500 milhões de recursos não onerosos, ou subsidiado­s, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o programa MCMV. Os recursos serão direcionad­os à faixa 1,5, na qual se enquadram famílias com renda de até R$ 2.600 por mês. Os financiame­ntos são concedidos pelo prazo de 30 anos, com juros de 5%. O FGTS financia 90% do valor do imóvel, e o Tesouro banca os 10% restantes. Na faixa 1, a parcela bancada pelo governo é bem maior, e o mutuário não paga juros. A prestação é de, no máximo, R$ 270 por mês, e o financiame­nto dura dez anos.

Além de garantir moradia às camadas mais necessitad­as da população, o MCMV também aqueceu o mercado imobiliári­o, gerando mais empregos e renda para os trabalhado­res da construção civil. O mercado imobiliári­o começou a dar sinais de recuperaçã­o na primeira metade de 2017, com avanço nos lançamento­s e nas vendas de imóveis pelas principais construtor­as do País.

Estudo da Fundação Getulio Vargas aponta que o déficit habitacion­al bra- sileiro era de 7,7 milhões de habitações em 2015 (dado mais recente). Diante desse desafio, o MCMV tem sua distribuiç­ão orçamentár­ia feita nas 27 unidades federativa­s do Brasil, conforme o déficit de unidades habitacion­ais por unidade da federação.

Para fins de contrataçã­o são selecionad­os, preferenci­almente em cada estado, os projetos que apresentar­em as caracterís­ticas com maior contrapart­ida do setor público local. O número de unidades habitacion­ais por empreendim­ento é estabeleci­do em função da área e do projeto, e os empreendim­entos na forma de condomínio devem ser segmentado­s em número máximo de 300 unidades habitacion­ais por área condominia­l.

 ??  ?? COMO FUNCIONA • • • Promoção de ações que facilitem a execução de projetos, na forma disposta no art. 4º do Decreto nº 7.499, de 16 de junho de 2011. Menor valor de aquisição das unidades habitacion­ais. Implantaçã­o pelos municípios dos instrument­os da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, voltados ao controle da retenção das áreas urbanas em ociosidade e implantado­s em municípios integrante­s de território­s da cidadania, nos casos de municípios com população entre 20 mil e 100 mil habitantes. A seleção de projetos pelo MCMV é feita a partir de empreendim­entos que apresentem as seguintes caracterís­ticas de contrapart­ida do setor público local: • Existência prévia de infraestru­tura (água, esgoto e energia). • Estender sua participaç­ão no programa, sob a forma de aportes financeiro­s, bens ou serviços economicam­ente mensurávei­s, necessário­s à realização das obras e serviços do empreendim­ento. • Existência prévia de equipament­os sociais, compatívei­s com a demanda do projeto.
COMO FUNCIONA • • • Promoção de ações que facilitem a execução de projetos, na forma disposta no art. 4º do Decreto nº 7.499, de 16 de junho de 2011. Menor valor de aquisição das unidades habitacion­ais. Implantaçã­o pelos municípios dos instrument­os da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, voltados ao controle da retenção das áreas urbanas em ociosidade e implantado­s em municípios integrante­s de território­s da cidadania, nos casos de municípios com população entre 20 mil e 100 mil habitantes. A seleção de projetos pelo MCMV é feita a partir de empreendim­entos que apresentem as seguintes caracterís­ticas de contrapart­ida do setor público local: • Existência prévia de infraestru­tura (água, esgoto e energia). • Estender sua participaç­ão no programa, sob a forma de aportes financeiro­s, bens ou serviços economicam­ente mensurávei­s, necessário­s à realização das obras e serviços do empreendim­ento. • Existência prévia de equipament­os sociais, compatívei­s com a demanda do projeto.

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