Plano tem foco em segurança
1.
Economia. Privatização de estatais e corte de gastos do governo estão na base da plataforma de Bolsonaro para reativar a economia. Ele propõe que recursos obtidos com privatizações e concessões sejam, obrigatoriamente, utilizados no pagamento da dívida pública. Em declarações públicas, no entanto, o candidato chegou a contrariar o plano e indicar que a privatização da Eletrobrás não está garantida.
2.
Impostos. A reforma tributária defendida pelo PSL prevê simplificação e unificação de tributos federais, sem entrar em detalhes, e a descentralização e municipalização de impostos. O plano de governo de Bolsonaro dá ênfase à revisão do pacto federativo, para que Estados e municípios tenham mais recursos. Sobre o Imposto de Renda, a equipe da campanha promete isenção de cobrança para quem ganha até cinco salários mínimos.
3.
Educação. A principal proposta é a construção de colégios militares, para que em dois anos todas as capitais do País tenham ao menos uma dessas escolas. Bolsonaro diz que não é necessário aumentar o orçamento destinado a essa área, e que mais pode ser feito com os valores que já são repassados atualmente. Outro foco é a alteração do conteúdo e o método de ensino, segundo ele marcado atualmente pela “doutrinação ideológica e sexualização precoce”.
4.
Saúde. Prevê a criação de um Prontuário Eletrônico Nacional, cujo objetivo é criar uma base informatizada de pacientes e facilitar o atendimento na rede pública. Também seria criado um credenciamento universal de médicos para que “toda força de trabalho da saúde
possa ser utilizada pelo SUS”. O Mais Médicos, segundo ele, passará a possibilitar que médicos cubanos tragam suas famílias para o Brasil, e a verba destinada ao governo cubano pelo projeto pode ser paga diretamente aos profissionais.
5.
Homicídios. Não há intenção de mudanças estruturais na organização das polícias. Defende proteção jurídica para policiais em exercício, para que não sejam eventualmente punidos por excessos ou crimes cometidos em combate. A flexibilização do Estatuto do Desarmamento, para facilitar o acesso da população a armas de fogo, é apresentada como medida para reduzir homicídios.
6.
Crime organizado. A única menção ao tema é na proposta de ampliar o uso das Forças Armadas no combate a facções e no policiamento de fronteiras, sem entrar em detalhes. Há também a intenção de melhorar a integração entre órgãos estaduais e federais de combate ao crime, sem explicar como isso seria feito.
7.
Segurança. A mudança na lei penal para acabar com indultos, saídas em datas festivas e progressão de pena (quando o preso sai do regime fechado para o semiaberto, por exemplo) é uma das principais propostas do presidenciável do PSL para a área de segurança pública.
8.
Meio ambiente. Tema não é tratado individualmente e é mencionado apenas no item que propõe a junção de instituições relacionadas à agricultura em uma pasta só. O presidenciável chegou a recuar da proposta em declarações ao longo da última semana.