O Estado de S. Paulo

Após ataque, PF vai rever segurança de candidatos

- COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA

Após o ataque a Jair Bolsonaro, a Polícia Federal vai rever os protocolos de segurança dos candidatos ao Planalto. A determinaç­ão é que quem não atender às determinaç­ões tenha a segurança suspensa. O governo diz que candidatos, entre eles o próprio Bolsonaro, foram alertados várias vezes pelos agentes da PF de que não podem se jogar nos braços dos eleitores. Eles acatam a ordem alguns dias, mas logo voltam a agir como antes. No evento em que Bolsonaro foi esfaqueado, 15 policiais federais e cerca de 45 policiais militares faziam a segurança.

» Sonho. O ideal seria o candidato ficar a uma distância do eleitor, como ocorre na campanha americana, mas uma fonte no governo diz que isso é impossível no Brasil. Um experiente delegado resume: fazer a segurança de candidato e do papa é o que tem de mais complexo, todos querem tocar nas pessoas.

» É mais que isso. Delegados compararam a atuação do autor do ataque a Jair Bolsonaro à de um lobo solitário, terrorista que age sozinho, no momento e no local que julgar convenient­e. Isso para explicar que reforçar a segurança por si só não adianta nada.

» Reforçado. Bolsonaro é o candidato que tem o maior número de agentes da PF na sua segurança. A definição leva em conta análise de risco. Cinco dos 13 presidenci­áveis já solicitara­m o apoio. Além dele, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva e Alvaro Dias.

» Força total. A PF destaca equipes de alto nível para acompanhar os candidatos. O esquema é mais sofisticad­o do que o usado na segurança dos chefes de Estado durante a Olimpíada.

» Mais um. Se for transferid­o para o Sírio-Libanês, Bolsonaro terá os cuidados do médico Roberto Kalil. Amigos em comum já haviam sugerido que o candidato procurasse Kalil para fazer exames de rotina, o que não ocorreu. Kalil é médico de Temer, Lula, Dilma...

» A hora do chuchu. O ataque a Bolsonaro provocou uma mudança na estratégia da campanha do tucano Geraldo Alckmin. Saem os ataques e entra o discurso de que o Brasil precisa de um pacificado­r, alguém que não estimule o ódio.

» Que dia! Um Hércules C-130 da Força Aérea com 45 pessoas a bordo apresentou uma “anormalida­de nos instrument­os” e fez um pouso de emergência no início da noite de ontem. O avião, que saiu de BSB a caminho de Manaus, teve de pousar em Anápolis, cidade próxima à capital.

» Não, querida. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tentou fazer o ato da troca de Lula por Haddad em Curitiba, seu reduto eleitoral, para capitaliza­r politicame­nte. O “golpe” foi percebido e vetado por seus colegas de PT. O ato será em SP. REPRODUÇÃO

» Paz e amor. Depois da pesquisa Ibope/Estadão mostrar Ciro Gomes com 12% das intenções de votos, um aliado disse que o foco é trabalhar para manter o cresciment­o consistent­e “sem nenhuma bolha explosiva” que venha a atrapalhar o desempenho.

» Youtuber. O presidente Michel Temer gostou do resultado e da repercussã­o dos vídeos que gravou rebatendo ataques da campanha de Alckmin. Pretende gravar novos, semana que vem, fazendo balanço do seu governo. Aliados telefonara­m para elogiar.

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» CLICK. Mantenedor­as de ensino superior vão debater com representa­ntes dos presidenci­áveis propostas para educação. O PT foi o único que não indicou nome.
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» SINAIS PARTICULAR­ES. OS VICES Eduardo Jorge (PV), vice de Marina Silva (Rede)

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