Esforços para provar credencial democrática
Estigmatizado por ser de uma família muito próxima do ex-ditador Alfredo Stroessner, o candidato do partido Colorado, que está no governo, se esforça para provar suas credenciais democráticas e republicanas. Com 46 anos, graduado em marketing nos EUA, “Marito”, como é popularmente conhecido, é favorito, segundo as pesquisas, com até 20 pontos de vantagem. Seu pai foi secretário particular de Stroessner. Entre eles havia um parentesco por parte das avós. Mas esse passado foi deixado de fora de sua carreira política e da campanha eleitoral. Divorciado de Fátima María Díaz Benza, com quem teve dois filhos, Benítez se casou novamente com Silvana López Moreira Bo, filha de uma família da alta sociedade de Assunção. Tem apenas uma irmã e sete meios-irmãos.
Benítez afirma ter construído uma identidade própria, apesar de sua origem. Seu pai foi processado por enriquecimento ilícito. Juntou-se à militância política dentro do movimento Paz e Progresso, o lema do governo da ditadura. Em 2013, foi eleito senador e depois presidente do Congresso em 2015, quando rompeu laços com o presidente Horacio Cartes, que buscava aprovar uma emenda que o qualificaria para a reeleição. “Gostaria de poder mostrar às pessoas que meu compromisso é com o futuro do Paraguai”, diz Benítez.