Tecsis caça negócios para viabilizar recuperação
ATecsis, que já foi uma das principais fabricantes de pás para geração de energia eólica e está parada há meses, busca novos contratos para retomar suas atividades em 2019, enquanto aguarda a homologação de seu plano de recuperação extrajudicial, negociado fora do ambiente judiciário. Uma das conversas acontece há cerca de quatro meses com a chinesa Envision Energy, fabricante de turbinas, para projetos na Argentina. No final de março, a Tecsis dispensou os funcionários de sua fábrica em Camaçari, na Bahia, única até então operante e aberta no início de 2016. O fechamento da unidade reacendeu reclamações de credores menores e que se opõem ao plano aprovado pelos credores maiores. Entre outras críticas, consideram que o plano não se sustenta, uma vez que a companhia está inoperante.
» Olé. A Tecsis, controlada pela Estáter, butique de investimentos, soma dividas totais de cerca de R$ 1 bilhão. Seu maior credor é a General Eletric, que também era o maior cliente. No final de 2016, porém, a Tecsis entrou em situação de desequilíbrio com o cancelamento do contrato de fornecimento, na esteira da aquisição da Alstom, também cliente, e de um de seus concorrentes, a LM Wind Power, ambos pela GE. Entre os bancos, Itaú Unibanco, Santander Brasil, Pine e BBM figuram com as maiores dívidas, nessa ordem. Procurada, a Estáter não comentou.
» Acertando contas. A Light busca algo em torno de US$ 600 milhões na operação de captação externa que pretende fazer na próxima semana. A empresa anunciou uma série de apresentações com investidores
no Reino Unido e nos Estados Unidos e pretende pré pagar uma dívida de curto prazo com o Banco do Brasil. Procurada, a Light disse que mais informações sobre a captação serão divulgadas durante esses encontros, que começam nesta quarta-feira, dia 18, e terminam na próxima terça-feira, dia 24. » Na fila. Apesar da turbulência geopolítica, o mercado externo para captações se estabilizou. Na semana passada, Banco do Brasil e RioPrevidência aproveitaram a reabertura de uma janela para levantar recursos. Outras empresas podem seguir o movimento. A Suzano, por exemplo, precisa fazer frente à aquisição da Fibria e deve chegar com uma emissão grande e de vários vencimentos. A empresa não comentou.
» Gestão. O crescimento do e-commerce faz varejistas lidarem com desafios para conciliar estoques e pedidos feitos no mundo físico e virtual. A Linx, que lança agora um novo sistema para gerir pedidos de forma integrada, afirma que um quarto de seus maiores clientes demanda uma tecnologia que ajude na união desses dois mundos.
» No papel. O ex-diretor financeiro da Minerva, Edison Ticle, não esquentou a cadeira da tesouraria do Grupo XP, que assumiu em fevereiro. O executivo se uniu ao projeto dos ex-sócios do BTG Pactual, o banco C6Bank, que está em sua primeira fase. Ticle ficou nove anos na Minerva Foods, ocupando nos últimos anos o cargo de diretor financeiro da processadora de alimentos.
» No papel. As funções no novo banco ainda não estão definidas e Ticle se torna sócio ao lado de Marcelo Kalim, Leandro Torres e Carlos Fonseca, todos egressos do BTG Pactual. O projeto do C6Bank já recebeu o aval do Banco Central para ser executado e, em até 60 dias, um plano de negócios deve ser apresentado. Procurado, o C6Bank não comentou.