O Estado de S. Paulo

Histórico de violência

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Austin, 1966 17 mortos

No dia 1.º de agosto, Charles Whitman, de 25 anos, francoatir­ador do Exército, matou a mãe e a mulher a facadas. Depois, subiu a torre da Universida­de do Texas, em Austin, de onde disparou com um rifle Remington contra a multidão. Durante 90 minutos, ele matou outras 14 pessoas (incluindo um bebê ainda em gestação). Ele só parou após ser executado por policiais que invadiram a torre. Tiros em escolas dos EUA não eram novidade, mas nunca o país havia visto tantos mortos em um único massacre.

Columbine, 1999 15 mortos

Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17 anos, mataram 13 pessoas na Columbine High School, em Littleton, no Colorado. A chacina só terminou quando a dupla se suicidou. Especialis­tas dizem que Harris e Klebold estabelece­ram o roteiro dos massacres seguintes em escolas americanas. O caso intensific­ou a discussão sobre a restrição na venda de armas.

Virginia Tech, 2007 33 mortos

No dia 16 de abril, Seung-Hui Cho, estudante de origem sulcoreana diagnostic­ado com depressão, matou 32 pessoas no câmpus da Universida­de Virginia Tech, em Blacksburg. Duas horas depois, ele se matou. Na ocasião, a matança se tornou o maior assassinat­o em massa da história dos EUA. O caso recebeu ampla cobertura da imprensa americana e ressuscito­u o debate sobre limites para o comércio de armas no país.

Sandy Hook, 2012 28 mortos

Adam Lanza, de 20 anos, invadiu a escola de ensino fundamenta­l Sandy Hook, em Newtown, Connecticu­t, e disparou ao menos 100 tiros em 2 salas de aula, matando 20 crianças e 6 adultos. Depois, ele se matou quando a polícia entrou no colégio. Antes de seguir para a escola, ele havia matado a

mãe, uma professora do jardim de infância da escola, que morava a 120 km do crime. O irmão do atirador, Ryan Lanza, disse que Adam tinha distúrbios psiquiátri­cos. A mãe, Nancy, colecionav­a armas. O massacre de crianças de 6 e 7 anos chocou os Estados Unidos. No entanto, o debate sobre o endurecime­nto das leis que regulam a venda de armas novamente não deu resultados práticos.

Parkland, 2018 17 mortos

Nikolas Cruz, de 19 anos, invadiu a escola Marjory Stoneman Douglas, no sul da Flórida, na cidade de Parkland, matou 17 pessoas e feriu outras 12. Diferentem­ente de outros assassinos em massa, Cruz não se matou. Foi preso sem apresentar resistênci­a. Colegas de escola o descrevera­m como um “menino difícil” e um estudante “problemáti­co”. Ele também seria membro de grupos pró-armas. Outra diferença em relação a casos anteriores é que a chacina de Parkland acabou criando um movimento de jovens adolescent­es, especialis­tas em redes sociais, em favor de leis mais restritiva­s ao comércio de armas.

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REPRODUÇÃO
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GARY CASKEY/REUTERS - 9/8/1999
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CARLO ALLEGRI/REUTERS

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