O Estado de S. Paulo

Panigale V4 é o futuro da Ducati

Moto que chega ao Brasil em 2019 adota motor de 4 cilindros e dá adeus à tradição da marca

- José Antonio Leme jose.leme@estadao.com

ADucati quebrou seus próprios paradigmas com o lançamento da Panigale V4. A nova esportiva chega ao Brasil em 2019 e aposenta o icônico motor de dois cilindros, uma tradição da fabricante italiana, em detrimento de um inédito quatro-cilindros em V de 1.103 cm3. O novo propulsor rende 214 cv de potência e 12,4 mkgf de torque.

É a primeira vez que essa arquitetur­a de motor é adotada em uma moto de produção não limitada da marca. Antes disso, só havia sido usado na Desmosedic­i RR, que foi uma edição de 1.500 unidades.

Com inclinação de 90° entre as bancadas de cilindros, o motor da Panigale V4 traz também virabrequi­m que gira no sentido contrário ao do movimento das rodas.

Ele reduz naturalmen­te o efeito de wheeling (levantar a frente nas aceleraçõe­s) e permite que a moto seja mais ágil nas mudanças de direção.

Outro item caracterís­tico da Ducati, o sistema desmodrôni­co de controle de válvulas foi mantido no motor V4.

O modelo foi desenvolvi­do em parceria com a Ducati Corse, divisão de competição da companhia e responsáve­l pelas equipes da MotoGP e do Mundial de Superbike (WSBK).

Para compensar o aumento de peso por causa do motor maior, a Ducati desenvolve­u um novo quadro, menor e mais leve. Ele também continua usando o propulsor como parte estrutural, como já ocorria na 1299 Panigale.

Entre os itens de série, a moto traz pacote de eletrônica com freios ABS de curva, quickshift (troca de marchas sem acionar o manete de embreagem) para subir e descer marchas e três modos de condução (para pistas, esportivo e para rodar nas ruas).

A unidade de medição inercial (IMU), também de série, tem seis eixos que “leem” mudanças de direção e velocidade e inclinação da moto (para garantir a entrega ideal de potência na roda traseira). Além disso, a partir desses dados, eles fazem a aplicação necessária de ABS e controle de tração.

V4S E V4 SPECIALE

Há uma versão mais completa, a Panigale V4S, que adiciona suspensões com amortecedo­res Öhlins NIX-30 na frente e TTX36 na traseira. Na direção, há semiativos com ajuste eletrônico. As rodas são de alumínio forjado Marchesini e bateria, de íons de lítio – itens que reduzem o peso de 198 kg para 195 kg.

A versão V4 Speciale, desenvolvi­da para as pistas, adiciona ainda para-lamas de fibra de carbono, banco revestido de Alcântara e pedaleiras ajustáveis. O escapament­o de titânio eleva a potência para 226 cv.

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FOTOS: DUCATI Na versão V4 Speciale, Panigale pode chegar aos 226 cv com escapament­o Akrapovic de titânio

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