Panigale V4 é o futuro da Ducati
Moto que chega ao Brasil em 2019 adota motor de 4 cilindros e dá adeus à tradição da marca
ADucati quebrou seus próprios paradigmas com o lançamento da Panigale V4. A nova esportiva chega ao Brasil em 2019 e aposenta o icônico motor de dois cilindros, uma tradição da fabricante italiana, em detrimento de um inédito quatro-cilindros em V de 1.103 cm3. O novo propulsor rende 214 cv de potência e 12,4 mkgf de torque.
É a primeira vez que essa arquitetura de motor é adotada em uma moto de produção não limitada da marca. Antes disso, só havia sido usado na Desmosedici RR, que foi uma edição de 1.500 unidades.
Com inclinação de 90° entre as bancadas de cilindros, o motor da Panigale V4 traz também virabrequim que gira no sentido contrário ao do movimento das rodas.
Ele reduz naturalmente o efeito de wheeling (levantar a frente nas acelerações) e permite que a moto seja mais ágil nas mudanças de direção.
Outro item característico da Ducati, o sistema desmodrônico de controle de válvulas foi mantido no motor V4.
O modelo foi desenvolvido em parceria com a Ducati Corse, divisão de competição da companhia e responsável pelas equipes da MotoGP e do Mundial de Superbike (WSBK).
Para compensar o aumento de peso por causa do motor maior, a Ducati desenvolveu um novo quadro, menor e mais leve. Ele também continua usando o propulsor como parte estrutural, como já ocorria na 1299 Panigale.
Entre os itens de série, a moto traz pacote de eletrônica com freios ABS de curva, quickshift (troca de marchas sem acionar o manete de embreagem) para subir e descer marchas e três modos de condução (para pistas, esportivo e para rodar nas ruas).
A unidade de medição inercial (IMU), também de série, tem seis eixos que “leem” mudanças de direção e velocidade e inclinação da moto (para garantir a entrega ideal de potência na roda traseira). Além disso, a partir desses dados, eles fazem a aplicação necessária de ABS e controle de tração.
V4S E V4 SPECIALE
Há uma versão mais completa, a Panigale V4S, que adiciona suspensões com amortecedores Öhlins NIX-30 na frente e TTX36 na traseira. Na direção, há semiativos com ajuste eletrônico. As rodas são de alumínio forjado Marchesini e bateria, de íons de lítio – itens que reduzem o peso de 198 kg para 195 kg.
A versão V4 Speciale, desenvolvida para as pistas, adiciona ainda para-lamas de fibra de carbono, banco revestido de Alcântara e pedaleiras ajustáveis. O escapamento de titânio eleva a potência para 226 cv.