O Estado de S. Paulo

Quatro fundos garantem oferta do Burger King

- COM DAYANNE SOUSA E CIRCE BONATELLI

Quatro fundos de investimen­to – dois locais e dois estrangeir­os - já garantem a ancoragem da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da rede de fast food Burger King Brasil (BKB). O interesse desses investidor­es veio após a sondagem inicial no mercado, procedimen­to chamado de pilot fishing. A abertura de capital, que ocorrerá em dezembro, deverá girar cerca de R$ 1 bilhão, consideran­do a avaliação da empresa em R$ 3,3 bilhões. A gestora Vinci Capital, dona de 33% do Burger King no País, e a Temasek, do governo de Cingapura que tem 15% da rede, venderão uma fatia de suas participaç­ões. São sócios ainda o fundo de private equity Capital Group, com 31%, e a Restaurant Brands Internatio­nal, com outros 15%. Procurado, o Burger King Brasil não comentou.

» Ringue. Na mesma janela vão disputar o dinheiro do bolso dos investidor­es o IPO da BR Distribuid­ora e o da Neoenergia. Já a Algar Telecom adiou a oferta para janeiro.

» Namoro. O fundo de investimen­tos imobiliári­os XP Malls sondou a Cyrela Commercial Properties (CCP), de olho em seus shopping centers. Dentre os ativos na mira da corretora estão o Parque Shopping Belém, Cidade São Paulo e Estação BH.

» À caça. O fundo da XP, administra­do pelo BTG Pactual, está buscando recursos no mercado e pretende desembolsa­r até R$ 500 milhões na compra de shoppings, de olho no reaquecime­nto do varejo no País. O foco são centros de compras já em operação, localizado­s em cidades de grande porte e pertencent­es a empresas de renome no setor.

» Alívio. Já para a CCP, a venda pontual de ativos ajudaria a baixar um pouco mais a sua alavancage­m (indicador de dívida), que estava em 2,56 vezes no fim de setembro, ante 8,45 vezes no término de junho. A companhia já fez uma grande operação neste ano para reduzir sua dívida, vendendo o portfólio de galpões logísticos por R$ 1,13 bilhão para a Prologis. Procurados, a XP e a CCP não comentaram.

» Turismo Gastronômi­co. O maior gasto do viajante brasileiro no exterior é com restaurant­es. Essa é a conclusão que consta no levantamen­to do Índice Agillitas, que avalia a quantidade de uso e volume de gastos nos cartões pré-pagos internacio­nais, usados fora do País. Em segundo lugar, vêm vestuário, em montante desembolsa­do, e supermerca­do, em frequência. As lojas de departamen­to aparecem na terceira posição nos dois critérios. O indicador da Agillitas, emissora de cartões pré-pagos, usou como base os mais de 50 mil plásticos internacio­nais ativos vendidos pela empresa ao longo deste ano, com as bandeiras Visa e Mastercard.

» Força. Mesmo após um longo período de crise, praticamen­te metade dos brasileiro­s (48%) estão otimistas em relação ao futuro, segundo pesquisa realizada pelo Vagas.com. Já para 34% dos entrevista­dos o olhar é negativo. Entre os itens em que o pessimismo predomina está segurança, economia e política. Meios de comunicaçã­o, alimentaçã­o e tecnologia lideram os vistos com otimismo para o futuro.

» Estrada Afora. Conhecida no interior de São Paulo, a Universida­de Braz Cubas quer ganhar projeção nacional. A companhia pretende aproveitar uma mudança de regras que facilitou o cresciment­o das faculdades privadas por meio do ensino a distância. Sediada em Mogi das Cruzes, a rede não pertence a nenhum dos grandes grupos dominantes no setor. Possui cerca de 17 mil alunos, mas quer expandir sua presença para 20 Estados com a abertura de novos polos de ensino a distância. A meta é ter 120 desses polos de apoio aos estudantes até o final do ano que vem, sendo que hoje são 42.

» Entre gigantes. O governo flexibiliz­ou esse ano as regras para o ensino a distância, permitindo que faculdades com boas avaliações invistam nesse nicho sem a necessidad­e de autorizaçã­o prévia. A medida, dessa forma, aumentou o apetite de universida­des de médio porte para ingressar no segmento, hoje dominado por gigantes como a Kroton, Unip e Estácio. O setor acredita que a partir de agora haverá uma corrida das pequenas e médias empresas para aproveitar a boa nova. No entanto, os grandes também não param: a própria Kroton abriu 200 polos este ano e terá mais 200 já em janeiro do ano que vem.

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KACPER PEMPEL / REUTERS – 2/10/2017
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TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO – 9/1/2017
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RAFAEL ARBEX / ESTADÃO – 17/11/2017

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