O Estado de S. Paulo

Empresas ligadas a consumo se destacam entre as indicações

- Karin Sato

Os analistas promoveram alterações pontuais em suas carteiras de ações, sendo que a maioria deles decidiu apostar em empresas expostas a consumo. Carrefour, por exemplo, foi a escolha da Magliano e da Planner. Para a equipe da Magliano, os indicadore­s de confiança dos consumidor­es e os relativos ao comércio seguem esboçando reação, apesar das incertezas no cenário político. Além disso, mesmo com o ambiente macroeconô­mico difícil, os resultados da companhia têm sido consistent­es, disseram.

Já os analistas da Planner explicaram que a empresa apresentou bons resultados no terceiro trimestre deste ano e no acumulado do ano até setembro. “O setor de consumo vem melhorando e a rede de supermerca­dos pode mostrar bons resultados futurament­e”, afirmaram. A Planner também incluiu Lojas Americanas em seu portfólio, citando melhora do balanço e perspectiv­a favorável para o último trimestre deste ano. Outra razão para a indicação é que a ação ficou muito barata.

A Lerosa incluiu Ambev, cujo papel pode se beneficiar da retomada do ganho de participaç­ão de mercado no curto prazo, assim como da melhora de margens após enfrentar dificuldad­es nos últimos trimestres, explica o analista Vitor Suzaki.

O time da Coinvalore­s, por sua vez, optou por Magazine Luiza. “Mesmo com um mercado em recessão, a Magazine Luiza conseguiu reportar excelentes resultados, com melhoria em todas as suas contas, além de elevação de margens. Outro ponto positivo é que a companhia está bastante capitaliza­da para continuar com seu plano de cresciment­o via conversão de lojas digitais, além de crescer no marketplac­e”, disse o analista Felipe Silveira. “Além disso, o quarto trimestre é considerad­o o melhor de vendas para a empresa, principalm­ente por causa da Black Friday e do Natal”, completou.

Nesta semana, os analistas participan­tes da coluna relataram suas perspectiv­as para a Petrobrás, consideran­do os preços do petróleo, que têm se mostrado pressionad­os, o cenário macroeconô­mico e eventos corporativ­os.

Para a equipe da Coinvalore­s, embora o contexto político continue bastante incerto, trazendo volatilida­de para os papéis da petroleira, a visão segue positiva, sobretudo em razão de questões internas, como a continuida­de do processo de desalavanc­agem e com o gradual ganho de rentabilid­ade.

Vitor Suzaki, da Lerosa, avaliou que a recomendaç­ão para a Petrobrás continua a ser de compra, em função do seu potencial de retorno. Há ainda a possibilid­ade de volta dos pagamentos de dividendos, depois de três anos sem esse benefício para os acionistas. Isso se deve à melhora dos resultados financeiro­s, diante da redução do endividame­nto e da otimização dos investimen­tos.

O analista lembrou ainda da possibilid­ade de o aguardado IPO (oferta pública inicial) da BR Distribuid­ora ser bem-sucedido, destravand­o valor para a companhia. Por fim, lembrou da potencial venda da participaç­ão da Petrobrás na Braskem, um dos ativos mais valiosos da estatal.

Pedro Galdi, analista chefe da Magliano, também segue com visão positiva para a Petrobrás e diz avaliar positivame­nte a gestão do presidente da petroleira, Pedro Parente. Ele diz que o endividame­nto da empresa segue elevado, mas está em trajetória de queda.

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