Governo Dilma pagou festa junina com Safadão
Dois dias antes de o Senado afastar Dilma Rousseff da Presidência e em meio a uma crise financeira, o governo liberou R$ 1,2 milhão para a festa junina de Maracanaú (CE). O dinheiro público foi usado para a contratação de Wesley Safadão e outras bandas. O cachê do cantor do hit “1% vagabundo” é de R$ 200 mil. Em Aracaju (SE) e Limoeiro (PE), o governo também liberou dinheiro que foi utilizado para a contratação de Safadão. No total, o Ministério do Turismo desembolsou R$ 6 milhões para festas juninas.
A liberação da verba para Maracanaú foi prometida pelo ministro do Turismo, Henrique Alves, ainda em 2015. Mas o dinheiro só foi liberado em 10 de maio deste ano, quando o ministro era Alessandro Teixeira, marido da exmiss bumbum.
A pasta do Turismo diz que a verba ajuda a desenvolver a economia local e deve obrigatoriamente ser gasta com cachês e divulgação.
O pedido de prisão dos senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e de tornozeleira eletrônica para José Sarney relaciona o que foi entendido pelo procurador Rodrigo Janot como ações do grupo de peemedebistas para melar a Lava Jato.
Investigadores dizem que não se sustenta o argumento de que os áudios mostram os senadores apenas discutindo mudanças na legislação, o que é papel deles. “Então, Eduardo Cunha pode fazer requerimento para espremer o banco Schain?”, afirma.
Numa das gravações de Machado, Renan defende a mudança da lei de delação premiada. “Renan é presidente do Senado. Pode promover mudança na lei para salvar as costas dele?”, afirma um investigador.
Outro ponto é o áudio em que o senador Romero Jucá afirma que Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, é um dos poucos com quem não tem relação.
Deputados do Centrão apostam que o grupo não deve se manter unido para apoiar o candidato a presidente da Câmara que sucederá Eduardo Cunha em caso de renúncia.
O senador Romário Faria (PSBRJ) está querendo indicar o próximo diretor de administração de Furnas.
O cargo de “irmão de ministro” não deixa quieto o telefone de Lúcio Vieira Lima. Desde que Geddel Vieira Lima virou titular da Secretaria de Governo, deputados e senadores fazem dele “officeboy de Diário Oficial”, tentando agilizar nomeações.
O senador José Aníbal (PSDB-SP) engrossa o coro dos contrários ao pacotão aprovado na Câmara de reajuste de salário a servidores.