Dilma quer Brics unidos para cortar risco global
Em reunião paralela a cúpula do G-20, presidente pede ação conjunta do grupo
A presidente Dilma Rousseff defendeu no discurso inicial da reunião das cinco maiores economias emergentes do mundo, os Brics, que o grupo “siga comprometido com a re- dução dos riscos” à economia global. Sem citar o momento ruim de vários países do grupo, como o Brasil e Rússia, Dilma defendeu uma posição conjunta do grupo de emergentes para o debate sobre o crescimento do G-20.
Líderes do G-20 estão reunidos na Turquia para uma cúpu- la de dois dias sobre como impulsionar o crescimento global, mas grande parte das discussões econômicas tem sido ofuscada pelos ataques mortais reivindicados por Estado Islâmico em Paris, na sexta-feira, que deixaram quase 130 mortos.
Para Dilma, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – os países que formam os Brics – devem trabalhar para que o G-20 priorize quatro pontos na agenda econômica do encontro de líderes que acontece deste ontem na Turquia.
A presidente brasileira defende agenda que prioriza: 1) aumento do investimento em infraestrutura; 2) redução da volatilidade do mercado financeiro; 3) reforma das instituições financeiras, e 4) redução da pobreza e da desigualdade.
Dilma não mencionou diretamente o mau momento que atinge vários dos membros dos Brics, como a recessão no Brasil e Rússia e a desaceleração da China, mas disse que o grupo continua exercendo uma “força positiva” para o crescimento da economia global.
Ainda no tema econômico, Dilma reforçou o pedido do Brasil pela reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) para “dar mais equilíbrio” à gestão do Fundo.
As cinco maiores economias emergentes concordam que a situação da economia global “está em risco” e que a “recuperação ainda não é sustentável”. A avaliação consta do comunicado oficial divulgado após a reunião dos líderes dos Brics. Para superar os obstáculos à economia, os emergentes voltam a pedir coordenação global das políticas macroeconômicas.
“Os líderes concordaram que a economia global ainda está em risco e que sua recuperação ainda não é sustentável, o que realça a importância do fortalecimento da coordenação e da cooperação em políticas macroeconômicas entre os membros do G-20 para evitar repercussões negativas e de modo a lograr crescimento forte, equilibrado e sustentável”, diz o comunicado divulgado após o encontro na manhã de ontem. A reunião dos Brics acontece em paralelo à reunião de cúpula do G-20.
Incertezas. Na abertura da reunião, o presidente da China, Xi Jinping, ressaltou em discurso a existência de “incertezas e fatores desfavoráveis” na economia global. Além da coordena-