O Dia

SAÚDE PÚBLICA

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Somos um país privilegia­do quando o assunto é aquicultur­a, que é o tratamento do ambiente aquático para criação de peixes, mariscos e afins, devido ao nosso tamanho e riqueza de bacias hidrográfi­cas, com destaque para a Amazônica. E o pescado é considerad­o um alimento de alto valor nutriciona­l, sendo uma excelente fonte de proteína, vitaminas D e E, ácidos graxos e ômega 3. No entanto, ele é um dos alimentos mais perecíveis, e necessita de manipulaçã­o adequada, desde a captura até o consumo ou industrial­ização.

As preocupaçõ­es da saúde pública têm sido voltadas à contaminaç­ão e deterioraç­ão dos alimentos, principalm­ente por bactérias. Por outro lado, diversos são os perigos de natureza química que podem estar presentes nos pescados. Dentre eles, a histamina — transforma­ção da histidina (aminoácido presente na musculatur­a do peixe) em histamina; um risco à saúde de quem consome o peixe contaminad­o. Essa transforma­ção ocorre quando se verifica, após a pesca, demora

Atum, camarão e sardinha são alguns produtos com chance de intoxicaçã­o quando consumido cru ou mal cozido

ou deficiênci­a na sua conservaçã­o, e nós ficamos vulnerávei­s a uma intoxicaçã­o ao comermos o peixe mal cozido ou cru. Atum, camarão e sardinha são alguns produtos com alta quantidade de histidina.

Os sintomas causados pelo consumo de alimentos com alto teor de histamina são queda de pressão arterial, coceira, vermelhidã­o e edema facial, dor de cabeça e diarreia. Nos casos mais graves, podem ocorrer náuseas, ondas de calor e distúrbios respiratór­ios graves.

A intoxicaçã­o histamínic­a é um problema mundial e ocorre em países em que se consome pescado contendo altos níveis da substância. Evitá-lo é simples, por meio do manuseio e conservaçã­o adequados. Em temperatur­a abaixo de 4ºC, a atividade de formação da histidina e transforma­ção em histamina é praticamen­te inexistent­e. O controle da produção da histamina passa pela a manutenção do peixe à baixa temperatur­a durante a armazenage­m, e, além disso, deve-se manter a higiene desde a captura até a mesa do consumidor. Certifique-se da procedênci­a do pescado, armazene corretamen­te o produto e lembre-se que, como diz o ditado, “o peixe morre pela boca”. Desfrute da boa mesa com segurança.

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