Uma história para contar no Samba do Quilombo
Comunidade quilombola será a primeira do Brasil a participar de Censo do IBGE
No me ioda Serrada Tiririca, em Niterói, vive uma comunidade que fez (e ainda faz) história. Ali fica o Quilombo do Grotão, território da primeira população quilombola a participar de um Censo. Entre terça e quinta-feira funcionários do IBGE vão ao local para entrevistar os moradores e incluí-losnas estatísticas de 2020. Mas os pesquisador esvão perder, por poucos dias, duastr adições do Quilombo: afeijoada( sábados e domingos, a partir das 12 h30)ea roda de samba( domingos, a partir das14h 30).
Porém, como explica José Renato da Costa, o Renatão do Quilombo, de 50 anos, talvez eles consigam sentir cheirinho de feijão :“Temperamos na quinta ecolocamos na água quente na sexta. O feijão fica cozinhando anoite to dana brasa. Isso faz com que o caldo fique bem grossinho”.
A tradição começou em 2003, em um momento crucial paraos moradores. O quilombo, sempre ameaçado pela especulação imobiliária, vivia como medo de desapropriação para a delimitação do Parque Estadual da Serra da Tiririca. O samba surgiu co mouma forma de reafirmara forçada cultura afro brasileira e trazer visibilidade para a questão quilombola, além de resgatara memória da família que originou a comunidade.
“Meu avô era o maior fanfarrão”, contou a professora Bárbara Lisboa, 28, sobrinha de Renatão. “De vez em quando, ele fazia ladainha, forró. Em 2003, a ide iaera faze rum samba que fosse da identidade da família. Minha prima Mariana Braga tocava cavaquinho e ela originou o samba da comunidade, até hoje o de maior sucesso. Deu certo e fizemos outros sambas, cada um com uma bandeira”.
Aos domingos também acontece acapoeirado quilombo, a partir das10h. Como a roda és embandeira, várias nações( ou variações do jogo) participam. Vem gente até de outros países, como Estados Unidos, Noruega, Alemanha e França .“Todo o mundo vem jogar. Na Europa, todo mundo conhece a ‘Capoeira do Meio do Mato’”, disse Renatão, orgulhoso.