O Dia

PDV é medida ineficaz

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Também está sendo estudado pelo governo estadual a implementa­ção de um programa de demissão voluntária (PDV), só que com forma jurídica voltada ao funcionali­smo. Esse projeto já era pensado desde o ano passado, porém, para alguns membros do governo, essa medida é ineficaz.

O que explicam é que o maior peso da folha de pagamento é com inativos e pensionist­as. De acordo com o Caderno de Recursos Humanos da Secretaria de Planejamen­to — referente a novembro — os ativos correspond­em a 48,89% do valor total da folha, que é de pouco mais de R$ 2 bilhões. Mais de 50% são de gastos com inativos, pensões especiais e pensões previdenci­árias.

Além disso, a maioria dos ativos é composta pela Segurança (entre PMs, policiais civis e bombeiros), Educação e Saúde.

São mais de 80 mil ativos na Educação, cerca de 47 mil na Polícia Militar, mais de 10 mil na Polícia Civil e 15 mil nos Bombeiros e 11 mil na Saúde. O questionam­ento que fazem é: como dispensar policiais, professore­s e médicos? “Não há excesso deles. Até falta”, dizem.

A pergunta se alia à outra: “Como colocar um programa de demissão voluntária em prática em um momento de alto desemprego no país?”, indagou uma fonte do governo. “Quem vai querer se voluntaria­r?”, completou. E mesmo que haja voluntário­s ponderase que as carreiras com maior peso na folha são essenciais para o estado.

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