DPs paradas pela manhã
Protesto contra atraso no pagamento foi de 8h às 12h e continuará uma hora por dia
Sem o décimo terceiro e o salário de dezembro — que deveria ter sido pago na última sexta-feira (10º dia útil) —, os policiais civis do Rio paralisaram ontem as atividades nas delegacias, das 8h às 12h. A mobilização foi decidida na quinta-feira, em assembleia realizada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio (Sindelpol). E a promessa é de que continuem a cruzar os braços diariamente das 13h às 14h até que os pagamentos sejam regularizados pelo governo.
Na paralisação de ontem, apenas casos mais graves, como de remoção de cadáver emviapúblicaeflagrantes,foram atendidos. As atividades da Divisão de Homicídios e da Delegacia Antissequestro foram mantidas.
Presidente do Sindelpol, Rafael Barcia argumentou que o objetivo da paralisação era chamar a atenção da população para os problemas da categoria. “Estamos trabalhando sem nenhuma condição. E o estado ainda nos deve há mais de um ano o Plano de Metas. Estamos sem 13º e mesmo assim trabalhando com dignidade”.
Ontem, após as 12h, os policiais atendiam os casos em ‘operação-padrão’. Na 12ª DP (Copacabana), por exemplo, houve muita demora e alguns casos não foram registrados. Turista de Brasília, Lúcia Cruz, 44, tentou registrar um furto na unidade, mas a recomendaram que fizesse pela internet.
“É justo o ato deles diante da falta de pagamento. O governo tem que ver isso, pois deixa as vítimas sem chão”, opinou a turista.
Procurada, a Polícia Civil informou que “não se manifesta sobre decisão de classe” e que “os serviços emergenciais serão mantidos”.