Quase 10 horas sem gol
Flu não marca há mais de um mês, bate recorde negativo e clima é tenso no elenco
Quando Luciano balançou a rede do Estádio Nilton Santos, aos 18 minutos do segundo tempo, para garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, dia 21 de outubro, a torcida do Fluminense mal sabia o que o futuro lhe reservava. Um mês se passou e o Tricolor não têm motivo algum para sorrir.
Nos seis jogos seguintes pelo Campeonato Brasileiro, nada de gols. Quatro derrotas, dois empates e a infeliz marca de 568 minutos, ou 9 horas e 28 minutos sem fazer o básico do futebol: gol. Coincidentemente, o time de 2018 iguala a marca obtida na temporada de 1971, quando o Flu ficou exatamente 567 minutos sem vazar as defesas adversárias. Isso significa que se não marcar no primeiro minuto do jogo contra o Inter, o time de Marcelo Oliveira vai entrar para a história do clube como o maior jejum em 116 anos.
A 13ª colocação na tabela ainda rende 4% de risco de queda para a Série B, de acordo com o site Infobola . O que a ciência não pode calcular, no entanto, é o sofrimento dos torcedores, que não veem um alívio no horizonte.
“Acho que vai ser assim até o final. Infelizmente, para todos nós e para o torcedor do Fluminense. Por mais que a gente esteja lutando muito, que esteja trocando peças, dá a impressão que a falta de um ou outro jogador que não pode jogar pode ser representativa”, disse Marcelo Oliveira após a derrota para o Bahia ( 2a0 ). Apesar do tom pessimista do treinador, a tabela pode dar uma certa ajuda aos tricolores. Na próxima rodada, o time se livrará do risco de rebaixamento em caso de tropeço do América-MG diante do Bahia e derrota do Sport para o São Paulo.