Meiahora - RJ

Cartão vermelho pro

Projeto em comunidade­s com UPP forma jovens árbitros que podem atuar em jogos

- RODRIGO MANDARINI

Osonho de quase todos os meninos de ser jogador de futebol está mudando em algumas comunidade­s do Rio. Criado em 2012, o projeto Árbitro Pacificado­r está fazendo a garotada trocar a bola pelo apito e desejar seguir a carreira dos personagen­s mais perseguido­s dos gramados: os juízes e bandeirinh­as.

Idealizada pelo capitão Márcio Rocha, na UPP do Morro Santa Marta, a ideia já passou por Rocinha, Prazeres, São João, Macacos e Borel. E chegou à Barreira do Vasco no começo deste mês. O objetivo é que os jovens das comunidade­s tenham conhecimen­to de causa para apitar jogos de futebol amador e, no futuro, até atuar profission­almente, após a participaç­ão em curso específico para a função.

“Agente pega dois tipos de alunos. O que está na escolinha de futebol e quer aprender as regras e disciplina, e o que quer especifica­mente ser árbitro de formação, para ganhar uma nova fonte de renda”, explica o soldado Daniel Wilson, coordenado­r do projeto, que, assim como o capi- tão Rocha, é lotado no Santa Marta e árbitro profission­al.

Ocurso do projeto Árbitro Pacificado­r dura seis meses e dá ao aluno um diploma que permite atuar em partidas amadoras. O soldado Daniel conta que alguns ex-alunos estão apitando pelos campos da cidade.

“A gente certifica e acompanha depois como eles estão. Hoje, temos 14 jovens que acompa- nhamos semanalmen­te. Queremos que ingressem no mercado”, afirma o coordenado­r, que ressalta a importânci­a do projeto para a rapaziada das comunidade­s carentes. “Agente percebe que os jovens iam para o caminho errado e hoje estão com a gente. Eles sentem o clima aqui e voltam para a disciplina. Os pais agradecem por isso. A intenção também é formar o cidadão.”

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