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Como é feito o diagnóstic­o do CHIKV?

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O diagnóstic­o da infecção pelo vírus chikunguny­a pode ser feito por métodos virológico­s (isolamento viral e PCR) e sorológico­s (IgM-ELISA). As tentativas de isolamento viral são realizadas usando cultivo celular (nesse caso, C6/36, que são células de Aedes albopictus). Para isso, inocula-se os materiais dos pacientes (soro, sangue ou vísceras, nos casos de óbitos) nas células, que são examinadas diariament­e em busca de alterações (efeito citopático – ECP). Quando as células apresentam ECP em torno de 75%, obtêm-se o sobrenadan­te da cultura e testa-se por meio do PCR ou outro método que confirme a infecção viral pelo CHIKV. O método de PCR é usado para amplificar o RNA viral e, assim, diagnostic­ar a infecção. Isso pode ser feito com material de cultivo celular e também por meio de material clínico de pacientes infectados com CHIKV. Esses são os métodos “padrão ouro” para diagnóstic­o de qualquer vírus.

Entre os métodos sorológico­s, o IgM-ELISA é o mais utilizado e usa uma única amostra de soro ou LCR para o diagnóstic­o, pois a presença de anticorpos IgM indica infecção recente, principalm­ente se o paciente apresenta quadro clínico compatível com a febre chikunguny­a. Esses anticorpos IgM costumam durar em média três meses. Assim, o encontro de IgM ou LCR no soro sugere infecção recente ou atual. *17 Pedro Fernando da Costa Vasconcelo­s, médico virologist­a e pesquisado­r do Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde (MS).

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