Guia da TV

O dono do pedaço

Reynaldo Gianecchin­i promete roubar a cena como o malandro Régis em a Dona do Pedaço

- Texto: Aline Campanhã/colaborado­ra Entrevista: André Luís Romano/colaborado­r

“Superar o câncer é um aprendizad­o. Às vezes, a vida nos coloca em umas situações, como me colocou, para a gente mudar nosso jeito de viver. Eu aprendi a viver o agora! Não é fácil, é um exercício diário, mas a vida me deu uma chacoalhad­a que me fez entender muitas coisas.”

Playboy, sedutor e sem juízo, Régis tem um lado vilão, mas também mostra que é dono de um coração apaixonado. O gato vem de uma família tradiciona­l e sempre foi mimado pela mãe, Gladys (Nathalia Timberg). Avesso à trabalho, ele vive às custas do cunhado Agno (Malvino Salvador), marido de Lyris (Deborah Evelyn). Para garantir a boa vida, se envolve com Josiane (Agatha Moreira) e, juntos, armam um plano para tirar todo o dinheiro de Maria da Paz (Juliana Paes).

O que podemos esperar de A Dona do Pedaço?

“É um novelão, daquelas em que as coisas acontecem muito rápido. O Walcyr (Carrasco, autor) não está economizan­do na história. Tem romance, ação e várias reviravolt­as.”

Como foi a sua preparação?

“Eu não tive muito tempo para me preparar, já que, para fazer esse trabalho, fui deslocado de uma outra novela. Tudo o que tive no momento pré-novela foi com base nas minhas conversas junto ao Walcyr Carrasco e com toda a equipe de direção. Eu estou vendo alguns filmes carregados de playboys para ter uma referência.”

O Régis é um cara malvado?

“Acho que na vida todo mundo tem um pouco de tudo, mas claro que são posturas diferentes. Eu, por exemplo, vejo a vida bem diferente dele, mas claro que ele também tem muita coisa minha, como essa leveza de querer curtir a vida e não levar nada tão a sério, o prazer pelas coisas da vida.”

O que você pode falar sobre a parceria com a Agatha Moreira?

“O Régis faz uma dupla com a Josiane, que é a personagem da Agatha. Os dois têm muita afinidade. Eles gostam de viver a vida a mil por hora e têm esse caráter meio duvidoso. Juntos, vão aplicar alguns golpes e manipular várias pessoas. A mãe dela, Maria da Paz, vai ser um dos principais alvos dessa dupla.”

E você está preparado para a recepção do público?

“Eu estou preparado para tudo, apesar de eu achar meu personagem muito legal. Claro que ele faz umas coisas terríveis, mas ao contrário da personagem da Agatha, eu consigo acreditar no coração do Régis.”

Vai acontecer uma reviravolt­a na novela, né?

“Eu acho que vai, porque a Maria da Paz é uma personagem muito legal. Ela é um grande exemplo de valores, então eu acho que meu personagem vai se apaixonar de verdade por ela. E talvez isso o faça mudar.”

Você costuma rever seus trabalhos antigos?

“Eu gosto de ver umas reprises, é muito legal. Primeiro porque a gente fica com um olhar mais distanciad­o, porque quando a gente está no meio do trabalho, a gente não consegue enxergar as coisas direito. Claro que, como em qualquer profissão, a experiênci­a vai jogando a seu favor. Você fica pronto para fazer um trabalho mais rapidament­e e/ou consegue brincar mais em uma cena. Hoje em dia eu não vou para o estúdio com a intenção de fazer o meu trabalho, eu só quero me divertir. O resultado não é o meu foco. Eu não vou lá para ganhar prêmios, eu vou lá para dar o meu melhor.”

Essa é a segunda vez que você vai viver um triângulo amoroso com uma mãe e uma filha. Como é isso para você?

“Eu estava pensando nisso esses dias. Essa novela me faz lembrar, em vários momentos, de Laços de Família (2000), mesmo com uma trama tão diferente. Essa história de estar com a mãe (Maria da Paz) e com filha (Josiane) não tem nada a ver com história do Edu, da Helena (Vera Fischer) e da Camila (Carolina Dieckmann). São gostosas coincidênc­ias que passam muito longe da trama atual.”

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