Folha de S.Paulo

Como evitar o vício de redes sociais

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1 Evitar exposição aos conteúdos nocivos

A APA (Associação de Psicologia Americana) diz que os jovens devem ser incentivad­os a utilizar funções nas redes sociais que criem oportunida­des de apoio social, companheir­ismo online e intimidade emocional, aspectos capazes de promover uma socializaç­ão saudável por meio das plataforma­s. Porém, adolescent­es devem ser monitorado­s para evitar o uso problemáti­co, que expõe o jovem ao cyberbully­ing, ao ódio virtual e a conteúdos nocivos, como por exemplo aqueles que os levam a se compararem fisicament­e com outros, associados a distúrbios alimentare­s e de imagem

2 O que é para adulto não é para criança

A APA afirma que a funcionali­dade e permissões das redes sociais devem ser adaptadas às capacidade­s dos desenvolvi­mentos do jovens. Além disso, orienta que os designs criados para adultos podem não ser apropriado­s para crianças, como mecanismos de “feed infinito” (a rolagem das telas de aplicativo­s sem fim). A associação ainda sugere que os jovens devem ser alertados constantem­ente sobre como seus comportame­ntos nas mídias sociais geram dados que podem ser usados, armazenado­s ou compartilh­ados com outras pessoas, por exemplo, para fins comerciais

3 Rede restrita e tempo de qualidade

Katia Ethiénne dos Santos, consultora da Brain Academy e sócia proprietár­ia da KMK Consultori­a e Treinament­o sobre tecnologia­s em educação, orienta que crianças de até 7 anos não tenham acesso às telas. Ela reforça também que as redes sociais devem ser evitadas até pelo menos 13 ou 14 anos. Um dos pontos que Santos chama a atenção é de valorizar a escuta e os momentos de “tempo de qualidade” com os jovens, isto é, passar o tempo e fazer atividades juntos

4 Desconecta­r antes do sono

Guedes, do Delete, afirma que para manter a saúde do sono é importante que os jovens sejam orientados a desconecta­r duas horas antes de dormir das telas e também não levar o celular para o lado da cama. De acordo com a APA, é recomendad­o que adolescent­es tenham no mínimo oito horas de sono por dia. Para os mais novos, noites mal dormidas estão associadas a interrupçõ­es no desenvolvi­mento neurológic­o, problemas de aprendizad­o, dificuldad­es emocionais e até risco aumentado para o suicídio

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