Lucro do Itaú avança 56% no 2º trimestre e atinge R$ 6,5 bilhões
Movimento é impulsionado pela redução no custo de crédito e por maior volume de empréstimos
são paulo O Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 6,543 bilhões no segundo trimestre, aumento de 55,6% em relação a igual período de 2020 e de 2,3% quando comparado aos três meses anteriores.
O resultado foi impulsionado pelo crescimento da carteira de empréstimos e pela continuidade na redução de custos de crédito —movimento que o banco já vinha fazendo há alguns trimestres.
O Itaú é o segundo grande banco a divulgar seus resultados referentes ao segundo trimestre. O primeiro foi o Santander, que reportou uma alta de 98,4% no lucro, para R$ 3,979 bilhões.
O custo de crédito do Itaú caiu 39,6% no período, para R$ 4,7 bilhões. O resultado acompanha a queda de 36,1% nas reservas feitas para cobrir eventuais calotes (provisões), para R$ 4,8 bilhões.
No semestre, o banco somou R$ 9,3 bilhões em provisões, queda de 48,4% em comparação a igual período do ano passado —época em que o banco aumentara sua reserva para calotes na tentativa de conter os impactos da crise do coronavírus. Na comparação com os três meses anteriores, as provisões subiram 9%.
“Esse crescimento é explicado pela maior despesa de provisão nos negócios de atacado no Brasil em razão da piora de rating [nota de crédito] de determinados clientes desse segmento. Além disso, os descontos concedidos aumentaram em todos os segmentos”, disse o banco.
A carteira de crédito total do banco no Brasil (incluindo garantias financeiras e títulos privados) somou R$ 699 bilhões no segundo trimestre, avanço de 17,4% em relação a igual período de 2020. O destaque ficou com as concessões voltadas para pessoas físicas, que cresceram 22,2% na mesma base de comparação, para R$ 279,7 bilhões.
Os financiamentos imobiliários apresentaram o maior crescimento da categoria, de 44,4% no período, para R$ 70,5 bilhões.
Os empréstimos direcionados para cartão de crédito —maior parte do crédito concedido pela instituição para pessoas físicas— tiveram alta de 21,2%, para R$ 88,3 bilhões.
A carteira de crédito para micro e pequenas e médias empresas totalizou R$ 132,6 bilhões, alta de 23,4%. Já os empréstimos para companhias de grande porte somaramR$286,7bilhões(+10,6%).