DUAS MEDIDAS
A Anvisa, que aprovou estudos sobre a eficácia da hidroxicloroquina em tempo recorde no começo da epidemia do novo coronavírus, adotou ritmo diferente em relação a outros medicamentos.
MARCHA LENTA
Um dos projetos, que busca verificar a eficácia dos antivirais Atazanavir, Daclatasvir e Sofosbuvir no combate à Covid-19, demorou seis meses para ter todo o processo finalizado. E só agora os medicamentos começarão a ser ministrados, em 350 pacientes de 30 hospitais brasileiros.
NO VIDRO
As três drogas foram testadas em laboratório, em pesquisa coordenada pelo virologista Thiago Moreno Souza, da Fiocruz. O Atazanavir já é usado no tratamento da infecção por HIV-1. O Daclatasvir e o Sofosbuvir são indicados para hepatite.
NO VIDRO 2
In vitro, os antivirais impediram a replicação do novo coronavírus.
EM BUSCA
Partiu-se então para a busca de financiamento. Os pesquisadores conseguiram R$ 3 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia, R$ 450 mil da rede de farmácias Clamed, de Santa Catarina, e US$ 75 mil de uma organização australiana.
MESA REDONDA
Em julho de 2020 aconteceu a primeira reunião dos responsáveis pelo estudo clínico com a Anvisa. Entre idas e vindas, o projeto, da Coalizão Covid, que reúne alguns dos mais renomados hospitais do país, foi aprovado em novembro. A licença para importação do medicamento foi deferida em janeiro.
TEMPO
A Anvisa diz que “a informação não procede” em relação ao tempo de análise da pesquisa. Afirma que só pode agir a partir de solicitações formais. Diz que um primeiro dossiê, com dados gerais do estudo, foi enviado à agência em setembro. E o documento específico de ensaio clínico, em 17 de novembro —tendo sido aprovado em três dias.
TEMPO 2
Entre o primeiro e o segundo documento, diz, “foram realizadas reuniões com os pesquisados e a Anvisa teve que aguardar o grupo condutor do estudo decidir sobre os ajustes do protocolo”. O órgão nada poderia fazer senão aguardar “a solicitação pelos desenvolvedores da pesquisa”.
BIS
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, o Instituto Vladimir Herzog e o Núcleo de Preservação da Memória Política voltaram a denunciar o governo Bolsonaro à Corte Interamericana de Direitos Humanos por não cumprir disposições da sentença que condenou o Brasil por violação dos direitos humanos na Guerrilha do Araguaia.
BIS 2
As entidades já haviam enviado uma primeira denúncia à corte em maio de 2020, após Bolsonaro ter recebido o tenente-coronel reformado do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, 85, que atuou na repressão à guerrilha durante a ditadura.
CEP
No novo documento são listadas exaltações de Bolsonaro ao coronel Brilhante Ustra e a fala em que ele coloca em dúvida o fato de Dilma Roussef ter sido torturada.
SELO
Um grupo criado por entidades como a Endeavor, de apoio ao empreendedorismo, o Centro de Liderança Pública e a coalizão por igualdade Unidos Pelo Brasil enviará um manifesto ao Congresso pedindo urgência na deliberação sobre a reforma tributária.
BOLSO
Criado no fim de 2020, o Movimento Pra Ser Justo entregará o documento aos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.
VERDE
O Museu do Pontal, no Rio de Janeiro, recebeu R$ 271.455 pela campanha de financiamento coletivo lançada no fim de 2020 para obter recursos para o plantio de mudas e paisagismo do jardim externo da nova sede na Barra da Tijuca. O espaço deve ser inaugurado até junho.
COPA
Foram mais de cem pessoas e empresas que doaram para a iniciativa. Na primeira fase do projeto, serão plantadas mais de 30 mil mudas de 37 espécies brasileiras de plantas. Em seguida, será plantado um bosque de 8 mil m².
CANETA
Um grupo de 160 adolescentes que cumprem ou cumpriram medida socioeducativa na Fundação Casa está inscrito para prestar o Enem. Os jovens de 68 centros da instituição atenderão prova como pessoas privadas de liberdade. Os testes ocorrerão em 23 e 24 de fevereiro.