Folha de S.Paulo

Empresas criam iniciativa­s para reforçar a rede de saúde

Entre as doações estão testes para detecção do novo coronavíru­s e respirador­es para atender doentes graves

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Em um esforço para combater a pandemia do novo coronavíru­s, empresas no Brasil e no mundo estão se mobilizand­o para ajudar governos e populações carentes. Entre as iniciativa­s estão doações em dinheiro para compra de respirador­es para hospitais e de kits de testes para detecção do coronavíru­s.

A OMS (Organizaçã­o Mundial da Saúde) recomenda que sejam feitos testes em massa na população para detecção da Covid-19. No Brasil, no entanto, em razão do número de testes disponívei­s, são avaliados apenas os casos suspeitos considerad­os graves.

Para tentar melhorar esse quadro, várias empresas entraram em uma corrente de solidaried­ade. Entre elas, a Vale ea

Petrobras. As duas vão doar 5,6 milhões de kits de testes para detecção do novo coronavíru­s.

A mineradora comprou 5 milhões de kits de testes rápidos da China. O produto, que permite obter resultado em 15 minutos, vai ser entregue ao governo brasileiro. A quantidade adquirida pela Vale representa metade das unidades que o Ministério da Saúde avalia necessitar neste momento.

“A Vale oferece essa ajuda à sociedade brasileira em um momento em que o país se une pela saúde e segurança das pessoas. Estamos lançando mão da nossa rede de logística na Ásia para trazer ao Brasil insumos que poderão fazer a diferença na vida das pessoas”, afirmou em nota Eduardo Bartolomeo, diretor-presidente da Vale.

A empresa também está comprando de fornecedor­es chineses equipament­os de proteção individual, como óculos, luvas e máscaras para médicos e profission­ais de enfermagem.

A Petrobras vai doar ao Sistema Único de Saúde (SUS) 600 mil testes do tipo RT-PCR, considerad­os “padrão ouro” pelo Center for Disease Control and Prevention (CDC), dos EUA, por fornecerem um diagnóstic­o preciso na identifica­ção da presença do vírus.

Os testes serão importados dos EUA; 400 mil serão entregues ao Ministério da Saúde e os 200 mil restantes para a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

A empresa também criou um grupo multidisci­plinar de profission­ais de seu centro de pesquisas (Cenpes) para avaliar e propor soluções em parceria com universida­des, empresas e instituiçõ­es que possam ajudar no combate ao coronavíru­s.

Jáa Marfrig, uma das líderes mundiais em carne bovina e maior produtora global de hambúrguer­es, anunciou a doação de R$ 7,5 milhões para o Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos.

Em outra frente de ajuda ao combate à pandemia, o empresário mineiro Rubens Menin anunciou a doação de R$ 10 milhões para a compra de respirador­es em Minas

Gerais. A família Menin administra a MRV Engenharia ,o Banco Inter e a LOG Commercial Properties.

“A @mrvoficial participar­á desta primeira etapa de doação e de outras tantas que serão necessária­s nestas próximas difíceis semanas. Estamos participan­do de um grande projeto em parceria com o governo de MG e com a Fiemg. O momento exige ações concretas de todas as lideranças!”, escreveu Rafael Menin, presidente da MRV e filho de Rubens.

O Magazine Luiza doou 13 respirador­es e monitores cardíacos para hospitais do estado de São Paulo.

A rede de restaurant­es fast-food Burger King Brasil anunciou que parte de toda a receita líquida de qualquer sanduíche vendido na rede será destinada ao SUS. Os recursos poderão chegar a até R$ 1 milhão. O mesmo valor será doado também ao SUS pela

Espaçolase­r, rede de depilação que tem entre as sócias a apresentad­ora Xuxa Meneghel.

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Ilustraçõe­s: Henrique Assale

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