Mais 4 foragidos de prisão no Paraguai são recapturados
Com prisões desta terça, 6 detentos de um total de 75 foram encontrados
CURITIBA A polícia paraguaia recapturou nesta terça-feira (21) mais 4 dos 75 presos, muitos deles integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), que escaparam da penitenciária de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil, na madrugada de domingo (19).
O Ministério da Justiça paraguaio informou que todos os novos capturados são do país vizinho. Charli Antonio Giménez Martínez, acusado de roubo, foi detido em Pedro Juan Caballero. Outros três (José Enrique Ullón, Ronald Francisco Brítez e Orlando Manuel Vera) foram localizados em Arroyito, distrito do departamento de Concepción.
Dois fugitivos já haviam sido encontrados, um pela polícia brasileira, em Ponta Porã (MS), que faz divisa com o Paraguai, e outro pelas autoridades do país vizinho.
No Brasil, a polícia encontrou Luis Alves da Cruz, 30, nascido em Joselândia, no Maranhão, e criado em Imperatriz. Ele declarou ter sido batizado pelo PCC enquanto cumpria pena por tráfico de drogas na Penitenciária de Pedro Juan Caballero, onde estava preso desde 2016.
O outro preso recapturado se chama Sabio Darío González Figueredo, segundo nota oficial no site do governo. Ele tem nacionalidade paraguaia e foi flagrado quando tentava se esconder em uma casa na periferia de Pedro Juan Caballero, a apenas 200 m da penitenciária de onde escapou.
Os estados que fazem fronteira com o Paraguai reforçaram a segurança na região.
No Paraná, as polícias civil e militar bloquearam as fronteiras com o país, em especial na região oeste do estado, para tentar inibir a entrada de foragidos da cidade paraguaia.
No Mato Grosso do Sul, há reforço de 200 policiais na fronteira e também na divisa com os estados do Paraná e São Paulo, já que alguns dos foragidos são desses estados.
Equipes da Força Nacional de Segurança Pública que foram autorizadas pelo Ministério da Justiça a atuar nas áreas indígenas de Dourados e Caarapó para a prevenção de conflitos agrários também estão trabalhando contra a entrada de fugitivos no Brasil.
Na madrugada de segunda-feira, houve outra fuga de 26 presos supostamente ligados ao PCC no Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco (AC), após sete execuções registradas dentro do presídio.
Apesar de não confirmado pelas autoridades, há suspeitas de que o episódio esteja ligado ao caso paraguaio.
Seis detentos já foram recapturados nesta terça-feira, segundo informação do Instituto de Administração Penitenciária do estado (Iapen-AC). Outros três presos que cumpriam pena com tornozeleira eletrônica e haviam cortado o equipamento em outras datas também foram encontrados.
Sob forte esquema de segurança, Marcola passa por exames
brasília O chefe máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Camacho, o Marcola, passou na manhã desta terça-feira (21) por exames médicos em Brasília.
Marcola está preso desde o início do ano passado na Penitenciária Federal de Brasília. Ele foi levado de helicóptero da prisão ao Hospital de
Base, na região central.
Todo o deslocamento foi feito sob forte esquema de segurança, com a participação de agentes da Polícia Federal, Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e da Força Nacional de Segurança Pública.
“A Penitenciária Federal de Brasília em parceria com a Força Nacional e Polícia Federal realizou hoje [terça] uma escolta de preso para exames de rotina. Horário, período de férias escolares e deslocamento aéreo foram escolhidos para causar o menor constrangimento possível para a população”, disse o Depen.
Marcola foi transferido a Brasília em março de 2019. Ele estava na unidade de segurança máxima de Porto Velho (RO), onde permaneceu por pouco mais de um mês. Antes, Marcola cumpria sentença no estado de São Paulo. O chefe do PCC foi condenado a mais de 300 anos de prisão.