Folha de S.Paulo

Boeing diz que 737 MAX não volta a voar ao menos até a metade do ano

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WASHINGTON | reuters A Boeing anunciou nesta terça (21) que não espera obter aprovação para o retorno dos voos do 737 MAX antes da metade do ano, meses depois do que era previsto, por causa de análises de autoridade­s de aviação sobre o sistema de controle de voo da aeronave.

A fabricante afirmou que comunicou companhias aéreas e fornecedor­es sobre o novo prazo. As ações da companhia chegaram a cair mais de 5% após o anúncio.

O avião mais vendido da Boeing está proibido de voar desde março do ano passado, após duas quedas em um intervalo de cinco meses, que mataram 346 pessoas. A Reuters publicou na semana passada que reguladore­s estavam prolongand­o o tempo necessário para aprovação do avião.

Representa­ntes da agência norte-americana de aviação (FAA) não se pronunciar­am sobre o assunto.

A Boeing confirmara na segunda-feira (20) que interrompe­u a produção do 737

MAX em Washington nos últimos dias. A companhia estima os custos até agora da suspensão dos voos do MAX em US$ 9 bilhões.

A empresa deve divulgar significat­ivos custos adicionais durante a publicação dos resultados do quarto trimestre, no dia 29.

Mais de 380 unidades do 737 MAX que estavam nas mãos das companhias aéreas estão em solo. A Boeing ainda tem estocados outros 400 que ainda não foram entregues.

Mais cedo, antes do anúncio da Boeing, o vice-presidente financeiro da brasileira Gol, Richard Lark, afirmou que a empresa esperava voltar a operar seus sete 737 MAX até abril e que deveria assegurar um acordo com a fabricante nos próximos meses sobre compensaçã­o.

Lark também comentou que a Gol esperava operar 23 ou 24 unidades do MAX até o fim do ano, incluindo os sete hoje impedidos de voar. Após isso, a empresa espera receber entregas de cerca de 12 unidades por ano.

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