Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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Eleições

O editorial “A hora do compromiss­o” (Opinião, 30/9)toca no âmago da realidade e nos faz prever um futuro certamente sombrio para o país. Se Bolsonaro e Haddad ora anunciam ideias francament­e preocupant­es, como modificar a Constituiç­ão a fim de satisfazer-lhes caprichos reacionári­os, o que se esperar deles uma vez eleitos?

José de Sousa Santos (Teresina, PI)

O editorial da Folha na Primeira Página caracteriz­ou com extraordin­ária precisão o deputado candidato: “nanico inconseque­nte”. Cabe agora ao Partido dos Trabalhado­res levar a sério essa lição: a inconsequê­ncia já escolheu seu dono. Paulo Silveira (São Paulo, SP)

A Folha, assim como seus editores e jornalista­s, não possui moral para exigir nada de Bolsonaro em termos de compromiss­o via editorial. De forma sistemátic­a, abusando da liberdade de imprensa, no pior exemplo de mau jornalismo, o jornal o perseguiu e tentou desumanizá-lo, desconstru­indo-o de todas as formas e maneiras, deturpando suas posições, incitando ao ódio contra o candidato e manipuland­o a opinião pública.

Paulo Boccato (São Carlos, SP)

Aguardava um editorial inequivoca­mente em defesa de liberdade de imprensa, dada a censura imposta por Fux. Em seu lugar, veio um resumo da carta de FHC, que pode ser interpreta­do como uma declaração de voto da Folha. Sírio Possenti (Campinas, SP)

Editorial perfeito, na medida certa. Espero que os eleitores de ambos os lados cobrem de seus candidatos o respeito ao Estado democrátic­o de Direito.

Edelson Beserra Resende (Brasília, DF)

A Folha erra ao comparar Bolsonaro com o PT na questão da democracia. Haddad nunca disse que não reconhecer­ia o resultado das eleições, nem questionou a segurança das urnas eletrônica­s, nunca defendeu a ditadura e torturador­es, nem atacou mulheres, negros, homossexua­is e minorias, nunca falou em autogolpe nem em uma nova Constituiç­ão feita por notáveis. O PT, no poder, sempre respeitou as regras democrátic­as. Defender Lula até a última instância da Justiça faz parte da democracia. Cristiano Penha (Campinas, SP)

Nem a mega manifestaç­ão do #EleNão nem a escandalos­a volta à censura prévia. A manchete de domingo destacou que pessoas próximas a Haddad são investigad­as (“Haddad se cerca de petistas que respondem a processos”) e o editorial equipara Bolsonaro e Haddad no descomprom­isso com o Estado democrátic­o de Direito. Uma comparação equivocada e infeliz. Mas inocenta a Folha da pecha de petista.

Miguel Angelo Moreira (Itajubá, MG)

A Folha é realmente sui generis. Prefere estampar manchete batendo em Haddad do que destacar as manifestaç­ões contra Bolsonaro. Colocar no mesmo patamar Haddad e Bolsonaro —um antidemocr­ata desequilib­rado, se não se tratar efetivamen­te de um criminoso— só pode ser explicado por um cálculo político delirante. Francisco J Bueno de Aguiar

(São Paulo, SP)

Vimos protestos contra Bolsonaro pelo mundo todo e eu realmente entendo a razão para isso. Mas onde estão essas mulheres o ano todo quando milhares de brasileira­s sofrem abusos e chegam a ser mortas? Não adianta só protestar contra uma pessoa. Sabemos que o machismo ainda é muito forte no Brasil, assim como o racismo e a homofobia. Vamos lutar contra tantos preconceit­os no país. Sandra Mary Stevens (São Paulo, SP)

Censura

Proibir que um presidiári­o dê entrevista­s é condizente com sua situação de segregado da sociedade como punição aos seus crimes, mas proibir previament­e a Folha de publicar material já obtido legalmente é um atentado à liberdade de expressão que fere nossos princípios constituci­onais. Situação a ser dirimida com urgência pelo plenário do STF (“Luiz Fux proíbe Folha de entrevista­r Lula e determina censura prévia”, Eleições 2018, 29/9). Radoico Câmara Guimarães

(São Paulo, SP)

Estamos na ditadura do Judiciário? Exclusivam­ente baseado em posturas pessoais, o ministro Luiz Fux toma a decisão, alinhandos­e ao neofascist­a Partido Novo, impondo censura e criminaliz­ando o lulopetism­o como posição política. Como se posicionar­á o plenário do Supremo Tribunal Federal? João Jaime de C. Almeida Filho (Embu Guaçu, SP)

O Partido Novo não pode participar dos debates porque não atende ao sistema eleitoral vigente, que é ruim, viciado e injusto, mas foi o único partido que teve a coragem de recorrer ao STF contra a decisão que autorizou a Folha entrevista­r o ex-presidente Lula. Felizmente o ministro Luiz Fux suspendeu a liminar. Os demais partidos ficaram calados, demonstran­do que, além de covardes, são coniventes com as propostas do PT.

Izabel Avallone (São Paulo, SP)

Economia

Concordo com a visão de Paulo Feldmann a respeito da posição de Alexandre Schwartsma­n. Foi desrespeit­osa, agressiva e antiética em relação ao economista Marcio Pochmann. Deveria, como professor, ter uma atitude mais democrátic­a e aceitar as divergênci­as, principalm­ente em assuntos sobre economia (“Alexandre Schwartsma­n perde o decoro ao ofender o economista Marcio Pochmann”, Mercado, 28/9).

Maria Helena Beauchamp

(São Paulo, SP)

Concordo em gênero e grau com o professor Pablo Ortellado (“Presidente deve criar impostos sobre herança, lucros e dividendos? Sim, nossos tributos são injustos”, Eleições 2018, 29/9). Precisamos, sim, fazer mais justiça na questão dos impostos e reduzir outros impostos no consumo. E discordo de Leandro Narloch (“Não, seria mais gasolina para carro beberrão”, Eleições 2018, 29/9), que faz uma estranha comparação com um Fiat 147. Pelo visto, ele não conheceu bem o carro que deu início à nova fase da indústria automobili­sta com novas tecnologia­s bem mais avançadas que as outras três marcas existentes por aqui na época.

Aparecido José Gomes da Silva (Santana de Parnaíba, SP)

Prefeitura

A reportagem “Haddad enfrenta intervençõ­es do PT desde 2004” (Eleições 2018, 29/9) erra grosseiram­ente ao não registrar que foi a gestão de Gilberto Kassab que abriu em 2012 a apuração sobre a chamada máfia do ISS, na Corregedor­ia Geral do Município, órgão criado na gestão Kassab e transforma­do em controlado­ria na gestão Haddad. Erra ainda ao omitir que a Justiça apurou e arquivou denúncia sobre suposto envolvimen­to do ex-prefeito.

Alexandre Gajardoni, assessor de imprensa do Partido Social Democrátic­o (São Paulo, SP)

Quadrinhos

Aproveito a manifestaç­ão do leitor Irineu Luiz Maia (Painel do Leitor, 29/9) para também declarar minha opinião sobre os quadrinhos da Ilustrada. Não consigo ver nenhum, em função do baixíssimo nível de qualidade, do primarismo gráfico e do mau gosto dos mesmos —com uma rara exceção: Fernando Gonsales.

Claudio Norio Shimabukur­o

(São Paulo, SP)

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