Folha de S.Paulo

Bolsonaro e Alckmin ampliam ataque a PT

Ferramenta da Folha monitora prioridade­s das campanhas dos candidatos em vídeos na internet e TV e redes sociais

- Núcleo de Inteligênc­ia da Folha Fábio Takahashi , Marina Merlo , Leonardo Diegues e Guilherme Garcia

A subida de Fernando Haddad nas últimas pesquisas de intenção de voto trouxe de carona para o petista ataques vindos dos concorrent­es Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Crítica ao PT e a outros membros da esquerda foi o tópico mais presente nos vídeos postados pela campanha de Bolsonaro nos últimos sete dias.

Para Alckmin, esse ataque explícito ao concorrent­e foi o terceiro assunto mais recorrente, mostra o GPS Eleitoral, sistema da Folha de monitorame­nto das campanhas.

Na semana anterior, crítica a Haddad e à esquerda não estavam entre os cinco primeiros tópicos de Bolsonaro e Alckmin.

O período mais recente considerad­o pela ferramenta coincide com a pesquisa Datafolha do último dia 14, quando Haddad havia crescido de 9% para 13% em quatro dias.

O período analisado nesta atualizaçã­o do GPS Eleitoral avaliou os vídeos publicados pelas campanhas no YouTube entre os dias 12 e 18.

Bolsonaro, por exemplo, mencionou a crise econômica e social que vive a Venezuela, num “regime apoiado pelo PT, pelo PC do B, pelo PSOL”.

Já Alckmin tenta se colocar como opção ao que chama de “tons de vermelho” e ao “populismo” de Bolsonaro.

Haddad, por sua vez, segue enaltecend­o o governo Lula e atacando Michel Temer.

O candidato Ciro Gomes (PDT) enfatizou sua ligação, como ministro do governo Lula, à transposiç­ão do rio São Francisco.

Marina Silva (Rede) priorizou sua trajetória pessoal (“mulher negra de origem pobre”, disse a narradora de seu programa eleitoral).

O GPS eleitoral fez a transcriçã­o das 4 horas e 40 minutos de vídeos postados no YouTube e dos programas eleitorais na TV dos candidatos mais bem posicionad­os na pesquisa Datafolha do dia 14.

Um modelo estatístic­o mostrou os assuntos mais citados, consideran­do também as postagens nas redes sociais dos candidatos. Foram analisadas 38.895 palavras no total.

Bolsonaro e Haddad foram os que mais postaram vídeos, o que faz com que o peso dos temas fique mais diluído do que os que postaram menos.

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