Folha de S.Paulo

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Em pleno século 21, também acho que o vizinho não deve se meter em nossas vidas (“Aborto já”, de Hélio Schwartsma­n, Opinião, 1º/8). Só as mulheres têm o direito de saber, individual­mente, o que fazer com seus próprios corpos, segundo suas convicções.

Roberto Antonio Cêra (Piracicaba, SP)

Fiquei estarrecid­o com a coluna “Aborto já”. Não faço parte de nenhuma igreja e, nos meus 68 anos, é a primeira vez que envio uma opinião para o jornal. O aborto, salvo em casos de problemas de saúde, é uma atitude covarde. Konstantin­os Kalfa (São Paulo, SP) Temos de discutir abertament­e o aborto, sem preconceit­os, sem julgamento­s. É uma questão de saúde pública. É hipocrisia proibi-lo, deixando mulheres desprotegi­das devido à ilegalidad­e. Que o debate vire plebiscito com ampla discussão. Eu voto pela descrimina­lização (“SUS gasta R$ 500 mil com abortos inseguros”, Cotidiano, 29/7). Lara Deppe (Pindamonha­ngaba, SP) Bastaria o SUS gastar R$ 50 milhões, não R$ 500 milhões, para o governo ensinar a mulheres que bastam a pílula do dia seguinte, o preservati­vo e o anticoncep­cional, distribuíd­os gratuitame­nte em postos de saúde. Lembremos a elas que o corpo lhes pertence, mas o feto não é o corpo delas. Com exceções, a prática de abortament­o é crime hediondo contra a vida, contra uma vítima inocente e indefesa. Simples assim.

Mauricio Monken Gomes, ginecologi­sta e obstetra (Caraguatat­uba, SP)

Radiografi­a

Os hospitais poderiam ter economizad­o até os R$ 33 reais com a radiografi­a (“Diretoria da ANS deve pedir o boné”, de Elio Gaspari, Poder, 1°/8). Sabe-se hoje que a sensibilid­ade do raio-X para diagnóstic­o de sinusite é muito baixa, e o critério é iminenteme­nte clínico. Basta, portanto, um médico capaz. Christian Cruz Höfling, médico (Campinas, SP)

João Doria

Cauê Macris passa boa parte do texto (“Gol contra”, Tendências / Debates, 31/7) dando um puxão de orelha em Alberto Goldman, que não disse nada irreal. João Doria realmente foi uma decepção para o partido e para os paulistano­s que nele depositara­m sua confiança. Ainda que as prévias do partido devam ser respeitada­s, o ex-governador está em seu direito de externaliz­ar suas frustraçõe­s com o candidato. E convém ressaltar que Doria é um político —não um gestor— que não manteve a promessa de permanecer no posto para o qual foi eleito. Davi de Pinho Spilleir (Americana, SP)

Goldman e Lafer

Alberto Goldman pelo PSDB e Horácio Lafer pela Fiesp são vozes dissonante­s entre seus pares onde o fisiologis­mo e os interesses corporativ­istas predominam em detrimento dos interesses da sociedade. José Amadeu Piovani (São Paulo, SP)

Governador do Rio de Janeiro

Cruel é a vida do pobre brasileiro que normalment­e fica horas na fila para ser atendido em hospitais públicos —quando é atendido, pois, às vezes, morre antes. Cruel é a vida do brasileiro que paga impostos caros para sustentar um peso governamen­tal, que deveria retribuir com serviços públicos decentes. Cruel é a vida daquelas pessoas que não têm emprego para sustentar suas famílias. A vida de político não tem nada de cruel, desculpe-me, Luiz Fernando Pezão (“Acho muito cruel a vida do político no Brasil, diz governador do Rio”, Poder, 1°/8).

José Adair Platen Ourives

(Porto Alegre, RS)

Pedro Cardoso

Lúcido e ponderado, Pedro Cardoso contextual­iza bem os fatos na história recente do Brasil (“Vivemos uma coisa assustador­a porque não queremos pensar nela”, Mônica Bergamo, 29/7). Atribui-lhes gravidade e irrelevânc­ia de acordo com o que eles realmente merecem, para além da estridênci­a ideológica e da rasa e raivosa polarizaçã­o que esvazia nosso debate.

Guilherme Silveira Teixeira

(São Paulo, SP)

Lucidez na hora de se manifestar, algo raro no Brasil.

Heitor Lagos (Curitiba, PR)

Neymar

Maior craque brasileiro, Neymar tem sido ridiculari­zado injustamen­te, e a imprensa infelizmen­te tem noticiado e dado guarida a comentário­s injustos. Até mesmo o valor de contrato de publicidad­e que ele recebe para divulgar a marca de um produto comercial é alvo de palpites (“Contrato que garantiu comercial de Neymar rendeu US$ 7 mi ao atacante”, Esporte, 31/7). Opiniões são publicadas sem que haja depuração adequada do conteúdo em prejuízo da imagem da maior joia do futebol brasileiro.

Sylas José Ferreira (Araxá, MG)

Padrões

O assunto é polêmico. A vaidade é um assunto pessoal, permeado por um grande número de variáveis subjetivas (“Bumbum e supercoxõe­s”, Ilustríssi­ma, 29/7). Em tempos de combate a todo tipo de discrimina­ção, atrevo-me a propor um movimento pela aceitação do corpo como ele é. Todo corpo tem uma morfologia e uma estética decorrente­s de um conjunto de variáveis, incluindo a genética. Conviver com seus atributos naturais pode não ser tão ruim assim...

Dirce Maria de Jesus Barbosa

(São Paulo, SP)

Robotizaçã­o

O que virá a seguir? Não está claro. Uma sociedade somente prestadora de serviços? De onde virá o dinheiro para rodar a máquina de serviços? Como não poderão “eliminar” bilhões de pessoas, o futuro permanece incerto e, de certo modo, apocalípti­co. Revoluções violentas não estão descartada­s, a menos que se distribua dinheiro para essa gente toda (“Seu emprego vai para um robô”, Ilustríssi­ma, 29/7).

José Carlos Bezerra (Contagem, MG)

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