Folha de S.Paulo

Esclerose múltipla e hemofilia estão na mira dos laboratóri­os

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novos medicament­os biológicos chegam ao mercado nacional ainda neste ano: um para esclerose múltipla e outro para hemofilia.

As drogas, ambas do laboratóri­o Roche, prometem frear a progressão dessas doenças crônicas e surgem como o primeiro tratamento para casos mais agudos.

Conhecida como uma doença debilitant­e, a esclerose múltipla em sua forma mais grave, a progressiv­a, atinge pessoas jovens e produtivas, entre os 20 e 40 anos.

No Brasil, existem 35 mil portadores, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. Nos casos mais agudos, que afetam 15% dos pacientes, muitos deles acabam precisando de cadeiras de rodas.

Como o nome indica, a esclerose múltipla progressiv­a ataca sem descanso ou remissão, inflamando o sistema nervoso, levando à morte de células nervosas no cérebro e na medula espinhal. O objetivo do novo medicament­o, ocrelizuma­be, é justamente bloquear sua progressão.

A hemofilia é uma doença hereditári­a que causa hemorragia­s. A causa é a ausência, no sangue, do chamado fator 8, uma complexa glicoprote­ína essencial para a coagulação. Hoje, o fator 8 é produzido em laboratóri­o.

Mas alguns pacientes hemofílico­s desenvolve­m inibidores para a terapia de reposição dessa glicoprote­ína. É então que entra o novo medicament­o, o emicizumab­e.

A aprovação dessa droga “representa importante avanço para as pessoas que têm hemofilia do tipo A e lutam para controlar seus sangrament­os, que não contavam com um novo medicament­o em quase 20 anos”, diz Sandra Horning, diretora médica e de desenvolvi­mento de produtos da Roche. (VA)

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