Defesa diz que tucano não é um ‘cassado político’ e deve recorrer
DE BRASÍLIA
O criminalista Alberto Toron, que defende Aécio Neves, disse que deve recorrer da decisão.
Segundo ele, é possível submeter ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de reconsideração.
Questionado se o tucano vai voltar ao Senado, Toron respondeu que não, “pelo menos nesse momento”.
A implementação da decisão sobre o afastamento, afirmou, “é de imediato e ela é cumprida a partir do momento em que o Senado e o senador são ‘cientificados’, portanto a partir de amanhã, [quarta-feira] em princípio”.
Toron rebateu as afirmações da ministra Rosa Weber, que mencionou a reunião de Aécio com tucanos.
“A decisão impõe o afastamento das atividades legislativas. Ele não é um cassado político, à moda do que ocorria na ditadura de 1964. Ele pode falar sobre política, ele pode conversar, foi ele quem divulgou esse encontro, porque não o fez clandestinamente, convencido de que fazia algo absolutamente legal”, afirmou.
“O afastamento da atividade legislativa não se compara a uma cassação. Ele não foi cassado, portanto, ele pode dialogar com as pessoas do meio político. O que ele não pode é participar de reuniões na Câmara, o que ele não pode é participar das comissões, essas são atividades legislativas típicas”, disse Toron.
“Agora, falar sobre política isso não está compreendido na proibição que lhe foi imposta. Essa é uma opinião isolada da ministra Rosa Weber”.