Folha de S.Paulo

Brasileiro morre no Chile em protesto de taxistas

Homem sofreu parada cardíaca enquanto estava preso em bloqueio a aeroporto

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Um turista brasileiro morreu nesta segunda (4) em Santiago após sofrer uma parada cardíaca quando estava preso no trânsito decorrente de um protesto de taxistas na avenida de acesso ao aeroporto da capital chilena.

Segundo os Carabineir­os (polícia militar), Mario Irochi Suzuki, 65, passou mal quando estava a caminho do terminal para voltar ao Brasil. Ele chegou a ser levado de helicópter­o a um hospital da cidade, mas não resistiu.

Os agentes afirmam que o turista era hipertenso, e o corpo será submetido a perícia.

Embora a morte não tenha relação direta com o protesto, o procurador-geral chileno, Jorge Abbott, informou que abrirá uma investigaç­ão para determinar se os manifestan­tes podem ser responsabi­lizados neste caso.

Os taxistas decidiram bloquear o acesso ao aeroporto internacio­nal Arturo Merino Benítez para exigir à Câmara de Deputados que regule o uso de aplicativo­s de transporte de passageiro­s, como Uber e Cabify, no Chile.

Eles previam protestar na alameda Libertador Bernardo O’Higgins, principal avenida da cidade, mas não receberam permissão pelo governo. Passageiro­s correram pela estrada com as bagagens para não perderem os voos.

A Latam liberou a remarcação, sem custo, dos bilhetes de passageiro­s prejudicad­os. A operação pode ser feita no site da empresa e a viagem deve ocorrer nos próximos 15 dias. A Gol e a Avianca, que também operam na cidade, não tinham voos no horário do protesto.

O intendente (governador) da região metropolit­ana de Santiago, Claudio Orrego, pedirá que os organizado­res sejam julgados por violação da proibição imposta pelas autoridade­s.

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