Folha de S.Paulo

Gerente disse que compra de seguro agilizaria saque do fundo

- MAGÊ FLORES

Na terceira tentativa de resgatar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de minhas contas inativas, fui bem-sucedida —nas outras duas a fila era tamanha (e eram tantos os objetos de metal que tinham que se retirados e recolocado­s na bolsa) que a paciência não deu conta.

Dessa experiênci­a, saí com duas dicas: vá à Caixa com mais de uma hora livre e saiba que seu dinheiro não precisa de um “empurrãozi­nho” para cair na conta.

Na segunda-feira (17), estive na agência do metrô Santa Cruz, na Vila Mariana, para fazer o procedimen­to liberado em junho.

Antes do prazo, estive na Caixa com a carteira de trabalho e adiantei tudo o que podia. Com isso, ainda no balcão do lado de fora da agência, recebi a próxima senha a ser chamada no terceiro andar.

A atendente gentil conferiu a liberação das três contas inativas e me pediu que a acompanhas­se até a gerência, por onde tinham que passar “alguns casos especiais”. ESPECIAL PARA MULHER Na conversa com a gerente da agência, soube que tinha sido “sorteada” e que o banco me oferecia uma oportunida­de de seguro de vida, especial para mulheres, no valor de R$ 10 mil, por “apenas R$ 200”.

Mais uma vantagem da contrataçã­o: ela agilizaria o depósito do FGTS em minha conta bancária, de outra instituiçã­o.

Perguntei quanto demoraria pelo prazo normal e ela respondeu que “mais ou menos uns dez dias”. Disse então que esperaria o prazo, a pressa não era tanta.

Ela me orientou a aguardar que o número fosse chamado no painel e, enquanto eu me levantava para a área de espera, mudou de ideia: “Mas, se estiver tudo certinho com o sistema, o dinheiro cai ainda hoje”.

Sim, no caso de todos os meus amigos o dinheiro caiu durante o trajeto entre a agência e o local de trabalho. Por que agora seria diferente?

Bons minutos depois, meu número é chamado, sigo para o caixa, assino alguns comprovant­es e sou informada pela funcionári­a de que estava “tudo certo” e de que o tempo de depósito varia de dez minutos a uma hora.

Pela “venda casada”, fiz on-line uma denúncia no Banco Central.

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