Cruz da Ordem de Cristo,
A equipe jogava de branco e azul e, desfalcada, não foi tão competitiva. Caiu na primeira fase, fato raro.
Mas, se havia algo naquela campanha que anunciaria o que viria a ser a seleção brasileira, era a alcunha do autor de seu primeiro gol nas Copas do Mundo: Preguinho.
Entre tantos elementos do futebol brasileiro que fazem parte de sua mitologia aos olhos dos europeus, está a suposta tradição de que seus craques precisam de apelidos e, de preferência, que esses acabem em diminutivo.
Ou você acha que o atacante alemão Marco Reus, do Borussia Dortmund, se autointitula “Woodyinho” (um pequeno pica-pau) à toa?
Posto isso, o resto se arranjaria com o tempo. O branco foi mantido na camisa em Copas até 1950 e o Maracanazo.
Em campo, no Uruguai, não importando o uniforme, a seleção estava desfigurada.
A Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos) entrou em choque com os cariocas da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que controlavam a seleção.
Os paulistas queriam ao menos uma vaga na comissão técnica. Pedido negado.
A retaliação foi severa: tiraram seus atletas do time. Num grupo de 24 convocados, originalmente 15 jogavam em São Paulo. Restou só o atacante Araken Patuska.
Entre os barrados estava o ponta-direita Amphilóquio Guarisi Marques, o Filó.
Em 1934, ele jogaria, enfim, sua Copa –mas pela Itália e sem apelido. Na ocasião, atendeu só por Guarisi. GLAUCO DIOGENES
ESCUDO
CBD (Confederação Brasileira de Desportos) era a sigla que comandava o futebol nacional e existiu até 1979. A cruz pátea branca pode ter inspiração na
símbolo estampado nas velas que aportaram no Brasil em 1500 Embora o amarelo tivesse pouca visibilidade e a forma seja diferente, notase como o distintivo já foi um embrião para o utilizado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol)