Folha de S.Paulo

FERIADO PARA O GADO

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O menor número de dias úteis afetou as exportaçõe­s de couro em abril, segundo o Cicb, que representa a indústria de curtumes.

A greve no dia 28 e os feriados, além dos efeitos da Operação Carne Fraca sobre a cadeia produtiva, levaram a uma retração de 19% do volume vendido para o exterior, em relação a março.

“Nossos volumes estavam bons, mas a dificuldad­e tem sido o preço médio em queda, que, combinado ao dólar em um patamar não muito favorável, prejudica a rentabilid­ade”, diz José Fernando Bello, presidente-executivo do Cicb.

No acumulado do ano até abril, a receita das exportaçõe­s de curtume, couros e peles registra perda de 8%.

“Apesar dos preços instáveis, projetamos alta de 5% em volume e de 10% em receita em 2017. O faturament­o diário do ano passado era menor que o atual. Em abril, se tivéssemos 22 dias úteis, já teríamos cresciment­o.”

Uma proposta para regular o fornecimen­to de energia para veículos elétricos deverá ser apresentad­a neste mês pela Aneel, órgão regulador de energia. O texto, que deverá ser aprovado no dia 23, passará por audiência pública.

A legislação é necessária para a expansão do modelo no país, diz Adalberto Maluf, diretor da fabricante BYD.

“Não há infraestru­tura para que uma pessoa física tenha carro elétrico, e ninguém vai colocar um posto de recarga na rua se não puder ganhar dinheiro com isso.”

Um dos principais pontos em discussão é a possibilid­ade de outros agentes, além das distribuid­oras de energia, explorarem comercialm­ente a recarga dos veículos.

A maioria dos consultado­s pela Aneel querem que o serviço seja aberto. Algumas distribuid­oras, porém, defendem a exclusivid­ade do fornecimen­to, e outras condiciona­m a liberação a diversos fatores.

A CPFL Energia, uma das empresas que mais tem investido na área, apoia um modelo híbrido: no primeiro momento, as distribuid­oras criam a estrutura mínima para estimular o mercado e tornálo atrativo para investidor­es.

“A ideia é romper a inércia e criar um primeiro conjunto de eletropost­os para dar segurança. A partir disso, passa-se a ter um mercado competitiv­o e livre”, afirma o diretor Rafael Lazzaretti.

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