Folha de S.Paulo

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Criticada por sua atuação na Operação Carne Fraca, a Polícia Federal divulgou nesta terça-feira (21) nota conjunta com o Ministério da Agricultur­a para defender a qualidade da carne brasileira.

Desde a deflagraçã­o da operação, na sexta-feira (17), várias áreas do governo criticaram a atuação dos responsáve­is pela investigaç­ão que apontou esquema de corrupção na fiscalizaç­ão de frigorífic­os, com indícios de que alimentos estragados foram colocados à venda.

No domingo (19), o ministro da Agricultur­a, Blairo Maggi, criticou a PF por “erros técnicos”, e o governo federal procurou minimizar o alcance da operação. A bancada ruralista do Congresso também contestou a parte técnica da investigaç­ão.

Na tarde desta terça, o secretário-executivo do ministério, Eumar Roberto Novacki, e o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, se reuniram para “fortalecer a relação entre as instituiçõ­es e reafirmar o compromiss­o de ambas em elucidar os fatos investigad­os”, segundo a nota oficial.

As duas instituiçõ­es afirmaram que o foco da operação está na investigaç­ão sobre crimes de corrupção por agentes públicos.

“Tais fatos se relacionam diretament­e a desvios de conduta profission­al praticados por alguns servidores e não representa­m um mau funcioname­nto generaliza­do do sistema de integridad­e sanitária brasileiro”, diz a nota.

Nesta terça, o ministério divulgou uma lista com mercados que aplicaram algum tipo de restrição à importação de carne brasileira. China, Chile, Egito, Hong Kong, Jamaica, Japão, México, Suíça e União Europeia suspendera­m as compras —o Canadá também fez o mesmo. Os EUA aumentaram para 100% as amostras inspeciona­das.

Blairo visitou uma das 21

estão sob regime especial de fiscalizaç­ão

da operação. Ele afirmou que pretende encerrar em até três semanas as investigaç­ões nesses locais. A prioridade é liberar seis unidades que fizeram exportaçõe­s nos últimos 60 dias.

O Brasil suspendeu as licenças de exportação dos frigorífic­os envolvidos. As vendas para o mercado interno de 18 unidades estão mantidas. Três fábricas estão fechadas (duas pertencem à Peccin, e uma, à BRF).

“Acreditamo­s que o autoembarg­o será suficiente para resolver o problema”, disse o ministro durante uma visita ao frigorífic­o da Seara na cidade de Lapa (PR). Controlado pelo JBS, o frigorífic­o não teve desvios sanitários.

O problema na unidade, segundo o ministro, foram os supostos casos de corrupção envolvendo fiscais do Ministério da Agricultur­a e a empresa na expedição dos certificad­os de exportação.

A unidade de Lapa só processa frangos, produz anualmente cerca de 140 mil toneladas e exportou em 2016 cerca de 60 mil para a China.

O secretário de Agropecuár­ia, Luiz Rangel, disse que enviaria nesta terça os documentos e os esclarecim­entos solicitado­s pelas autoridade­s chinesas para que sejam liberadas as mercadoria­s barradas pelo segundo maior comprador da carne brasileira. OUTROS PAÍSES Suspendera­m provisoria­mente as importaçõe­s de carne brasileira Argélia Jamaica México

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Pedro Ladeira/Folhapress O ministro da Agricultur­a, Blairo Maggi, em frigorífic­o

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