Nenhuma área será prejudicada, afirma secretário
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DE SÃO PAULO
O secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, afirma que o novo modelo de distribuição de medicamentos não irá prejudicar os moradores de nenhuma área da cidade de São Paulo.
Segundo ele, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) quer contar com todas as farmácias da cidade. “Quando o paciente receber a prescrição, vão perguntar a ele para onde enviar a receita, e ele vai buscar e pode escolher até mesmo a marca”, diz.
Pollara afirma que o formato do programa para que a distribuição aconteça dessa maneira ainda está sendo desenhado. Por isso, o novo sistema só deve entrar em operação a partir de, “no mínimo”, o semestre que vem.
Para ele, a atual rede de farmácias da cidade tem capilaridade suficiente. Caso alguma região fique sem drogaria próxima, afirma, a farmácia da UBS pode ser mantida.
As unidades da prefeitura também continuarão a dispensar medicamentos que não são facilmente encontrados em drogarias, como alguns para hanseníase e para tuberculose.
Pollara afirma que a falta de remédios em postos de saúde atualmente se deve ao fato de a gestão Fernando Haddad (PT) ter reduzido as compras no ano passado.
“A partir de setembro de 2016 as compras de medicamentos e suprimentos foram reduzidas drasticamente —e limitadas a 10% do que era necessário para atender à população”, disse em nota a secretaria. Segundo a pasta, em janeiro foram retomados os processos de compras.
A gestão Doria também anunciou acordo para receber doações de medicamentos por laboratórios privados.
Sobre o caso dos pacientes citados, afirma que o anti-inflamatório foi disponibilizado nesta semana para Mirian, e que o besilato de anlodipino deverá estar disponível nos próximos dias. HADDAD E ESTADO Por meio de nota, a assessoria da secretaria de Saúde da gestão Haddad citou problemas com fornecedores e com o governo do Estado e disse que, devido à crise econômica, houve um aumento de 30% na procura por medicamentos na rede no ano passado. As receitas do setor privado passaram de 29% para 36% do consumo mensal.
De acordo com a gestão, isso alterou o planejamento de compras da secretaria, “que manteve licitações em andamento e deixou compras feitas para vários itens”.
“O número maior de usuários exigiu um aumento nas encomendas junto aos fornecedores, encontrando a dificuldade do setor privado em entregar a demanda e a restrição orçamentária do não repasse do governo do Estado para aquisição de remédios, que já tem uma dívida acumulada de R$ 120 milhões com o município desde 2012”, afirma a nota.
A secretaria da Saúde da gestão Alckmin (PSDB), por sua vez, disse “lamentar” que a gestão petista responsabilize o Estado “por sua falta de gestão e planejamento no que compete-se à aquisição de medicamentos”. Segundo a pasta, o Estado mantém 12 Farmácias do programa Dose Certa na capital paulista.