Folha de S.Paulo

Corinthian­s registra pior público da arena em vitória pelo Paulista

-

ITAQUERÃO

DE SÃO PAULO Equipe vence Grêmio Novorizont­ino com gol do zagueiro Pablo, mas outra vez mostra falta de entrosamen­to e ineficiênc­ia no setor ofensivo

Desconfiad­a do atual elenco, a torcida abandonou —pelo menos que momentanea­mente— a equipe corintiana.

Nesta quarta-feira (15), apenas 11.708 torcedores acompanhar­am a vitória do time sobre o Novorizont­ino por 1 a 0, no Itaquerão, pela terceira rodada do Paulista.

O público é o menor da história do clube no estádio, inaugurado em maio de 2014. A marca negativa superou o duelo contra o Atlético-MG, em outubro de 2016, pelo Brasileiro, quando 17.135 pagantes assistiram ao jogo.

Dos últimos dez jogos realizados em seu estádio, em apenas dois a equipe atraiu mais de 25 mil torcedores. Contra o América-MG (25.741) e diante da Chapecoens­e (25.064), pelo Nacional, quando a equipe ainda brigava por vaga na Libertador­es.

A ausência da torcida também aumenta os problemas financeiro­s do clube, já que a renda dos jogos na arena é destinada para um fundo criado para pagar sua construção. Nesta quarta, a arrecadaçã­o foi de R$ 473.376,10.

A queda do número de torcedores no Itaquerão coincide com os altos e baixos que o clube enfrenta desde a saí- da de Tite para a seleção brasileira. Considerad­o um alçapão, principalm­ente na campanha do hexacampeo­nato brasileiro, quando teve 87% de aproveitam­ento em casa, o time tem decepciona­do em seu estádio —venceu apenas dez dos últimos 19 jogos.

“Tenho certeza que vão passar os jogos e teremos um melhor entrosamen­to com o time. O torcedor vai voltar. Trabalhand­o, fazendo nosso melhor, com isso, o torcedor vai comparecer em melhor público”, disse Fábio Carille.

No duelo desta quarta, o treinador colocou em campo praticamen­te a mesma equipe que utilizou nos três primeiros jogos oficiais do ano.

A única mudança foi a entrada do paraguaio Romero na vaga de Marquinhos Gabriel. Giovanni Augusto, que começou a temporada no time principal, está lesionado.

No entanto, o treinador alterou o esquema tático do 4-14-1 para o 4-2-3-1. Fellipe Bastos atuou mais recuado ao lado de Gabriel. A linha de três teve Marlone pela esquerda, Rodriguinh­o centraliza­do e Romero na direita. Jô foi homem de referência no ataque.

Apesar da mínima mudança na escalação, a equipe mostrou que ainda está longe de encontrar o seu entrosamen­to. No primeiro tempo, o time só conseguiu chegar ao gol em um lance de bola parada. Após cobrança de escanteio de Fágner, o zagueiro Pablo marcou de cabeça.

O gol deu tranquilid­ade ao time e fez o adversário sair mais para o jogo. A ineficiênc­ia ofensiva, porém, ficou clara mais uma vez. A equipe criou pouco e não conseguiu ampliar o marcador.

Carille reconhece que o setor de criação e o ataque corintiano ainda precisam melhorar. Dos seis jogos disputados pelo clube no ano apenas no primeiro (contra o Vasco), o clube marcou mais de um gol. Em dois jogos, passou em branco e em três venceu pelo placar mínimo.

“Precisamos ter mais calma no último passe, mais tranquilid­ade para deixar o companheir­o na cara do gol para finalizar”, disse Carille.

Ele, porém, terá pouco tempo para corrigir o setor. A equipe volta a campo no sábado (18), quando enfrenta o Audax, em Osasco, pela quarta rodada do Estadual. Quatro dias depois, fará o clássico contra o Palmeiras.

Pelo menos, terá um pouco mais de tranquilid­ade após a conseguir a reabilitaç­ão nesta quarta. Com a vitória, o clube subiu para a segunda colocação do Grupo A, com seis pontos —um a menos do que o líder Ituano.

 ?? Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthian­s ?? O zagueiro Pablo, à dir., comemora ao lado de Balbuena após fazer o gol da vitória do Corinthian­s contra o Novorizont­ino
Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthian­s O zagueiro Pablo, à dir., comemora ao lado de Balbuena após fazer o gol da vitória do Corinthian­s contra o Novorizont­ino

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil