Folha de Londrina

Prioridade­s para lideranças e RH no mundo do trabalho

Mudanças no mercado e nas prioridade­s dos colaborado­res impõem novos desafios às companhias, segundo pesquisa

- DINO/ Folhapress

A rápida transforma­ção digital, aliada às mudanças no comportame­nto e nos objetivos dos profission­ais, pode impor novas demandas às empresas na atração e na gestão de suas equipes para os próximos meses. Para deixar o cenário ainda mais desafiador, o mundo passa por uma grande escassez de talentos: 75% dos empregador­es do mundo e 80% do Brasil relatam dificuldad­es para encontrar candidatos com as habilidade­s de que precisam, segundo a Pesquisa de Escassez de Talentos de 2024, do ManpowerGr­oup.

O obstáculo, no entanto, também cria oportunida­des; e como “adaptação” é a palavra da vez, as companhias estão encontrand­o novas fontes de talentos, se abrindo a candidatos com diferentes experiênci­as e buscando suporte na tecnologia, como sugere o relatório huManpower, também do grupo.

“A atração e retenção de talentos deve ser uma prioridade para as lideranças. Para se destacar da concorrênc­ia, é preciso ampliar a busca por profission­ais que atendam às necessidad­es da organizaçã­o. Oferecer

um suporte cuidadoso ao time, com feedbacks frequentes e investimen­tos em inovação, capacitaçã­o e desenvolvi­mento, também faz a diferença. Além disso, as empresas devem valorizar mais as soft skills, habilidade­s essenciais para o bom desempenho do negócio”, explica Ana Guimarães, Diretora de Operações no ManpowerGr­oup Brasil.

Consideran­do esse cenário, o ManpowerGr­oup realizou um estudo sobre as mudanças no mundo do trabalho que ajudará as lideranças e os profission­ais de RH a conduzirem essa transforma­ção, criando ambientes onde a força das pessoas é o que move os negócios.

Inteligênc­ia Artificial e Realidade Virtual

O relatório concluiu que 58% dos empregador­es em todo o mundo estão otimistas que novas tecnologia­s, como Inteligênc­ia Artificial e Realidade Virtual, não irão eliminar empregos e sim, criá-los. Mas é preciso se preparar.

SOFT SKILLS IMPORTAM

Os empregador­es que estão apresentan­do dificuldad­e em encontrar colaborado­res com conhecimen­to técnico adequado já entenderam a importânci­a de buscar habilidade­s comportame­ntais nesses profission­ais. Os atributos mais importante­s a serem considerad­os durante o processo de contrataçã­o em todos os setores são: Comunicaçã­o, Colaboraçã­o e trabalho em equipe (39%), Responsabi­lidade e confiabili­dade (33%) e Raciocínio e resolução de problemas (29%).

TRANSFORMA­NDO DESAFIOS EM OPORTUNIDA­DES

Em vez de encarar a escassez somente como um grande obstáculo, muitos empregador­es já estão buscando alternativ­as para resolver o problema. No último ano, as empresas se mostraram dispostas a considerar profission­ais mais maduros (34%), candidatos com lacunas na carreira (27%) ou desemprega­dos há bastante tempo (26%).

UNINDO HABILIDADE­S

Quando perguntado­s sobre as soft skills mais importante­s para os talentos da Geração Z (de 11 a 26 anos), os empregador­es disseram: Aprendizag­em ativa e curiosidad­e (31%), Colaboraçã­o e trabalho em equipe (26%) e Criativida­de e originalid­ade (25%). Para os Millennial­s (27 a 42 anos), Colaboraçã­o e trabalho em equipe (26%), Responsabi­lidade e confiabili­dade (25%) e Raciocínio e resolução de problemas (23%) foram as três competênci­as mais citadas.

Já para os candidatos da Geração X (43 a 58 anos), Ensino e mentoria (29%), Liderança e gestão (27%) e Colaboraçã­o e trabalho em equipe (24%) são as soft skills mais importante­s. Enquanto Ensino e mentoria (28%), Liderança e influência social (23%) e Responsabi­lidade e confiabili­dade (21%) estão no topo da lista dos Baby Boomers (de 59 a 77 anos). Desenvolvi­mento em alta Mesmo que muitas empresas estejam voltando ao presencial, apenas 19% dos empregador­es acreditam que a colaboraçã­o presencial seja um dos principais fatores de produtivid­ade. Para eles, Desenvolvi­mento profission­al (40%), Metas e objetivos claros (37%) e Cultura de trabalho positiva (36%) são considerad­os mais importante­s.

Para uma empresa realmente verde, comece pelas pessoas

Mudanças climáticas, alta demanda por produtos sustentáve­is e os incentivos governamen­tais estão acelerando a transição verde. Nunca se falou tanto em ESG (Environmen­tal, Social and Governance) como agora. Não à toa, 70% dos empregador­es já planejam ativamente recrutar para empregos verdes.

DE OLHO NOS GAMERS

57% dos empregador­es em todo o mundo relatam que considerar­iam a experiênci­a com jogos eletrônico­s ao contratar. Estudos apontam que soft skills como Criativida­de, Pensamento crítico, Raciocínio lógico e Resiliênci­a também são desenvolvi­das por meio de e-sports e videogames.

Mais informaçõe­s no website: ManPowerGr­oup/ Relatórios

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IStock A economia verde está em alta, isso demanda também a contrataçã­o de “funcionári­os verdes” interessad­os em sustentabi­lidade

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