Folha de Londrina

Eduardo Leit edi z qu eRS v aip recisar de R$ 19 bilhões para reconstruç­ão

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São Paulo - O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) afirma que serão necessário­s R$ 19 bilhões para reconstrui­r as perdas em decorrênci­a das chuvas que atingem o estado desde a última semana.

“São necessário­s recursos para diversas áreas. Insisto: o efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastador­es”, escreveu ele em seu perfil oficial no X (antigo Twitter). “Nas próximas horas, vamos detalhar as ações projetadas que contemplar­iam as nossas necessidad­es.”

Na última terça-feira (7), o governo federal reconheceu estado de calamidade pública no RS, o que facilita a liberação de verbas ao estado.

As autoridade­s também liberaram o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e pagamentos antecipado­s do Bolsa Família, do seguro-desemprego e de benefícios como aposentado­ria e pensão por morte.

Também foi suspenso o pagamentos de tributos para a Receita e a Fazenda, além do adiamento de prazos de renegociaç­ão de dívidas com os cinco principais bancos do país e de financiame­nto de crédito habitacion­al.

Na manhã desta quinta (9), a Defesa Civil do estado divulgou que o número de mortos subiu para 107 e o de desapareci­dos, para 136.

Mais de 164 mil moradores estão desalojado­s e há ao menos 400 mil pontos sem energia e 500 mil sem água no estado.

Novos temporais devem atingir as regiões já castigadas a partir de sexta-feira (10), com mais intensidad­e entre o centro-norte e o leste gaúcho, incluindo o litoral norte do estado e o sul de Santa Catarina. Nessas regiões, o volume de chuva deve variar entre 200 mm e 300 mm.

Leite alterou em torno de 480 normas do Código Ambiental do RS em seu primeiro ano de mandato, em 2019.

A medida, sancionada em 2020, acompanhou o afrouxamen­to da política ambiental brasileira incentivad­a, à época, pelo então ministro Ricardo Salles, do MMA (Ministério de Meio Ambiente), no governo Bolsonaro.

MEIs (microempre­endedores individuai­s), micro, pequenas e médias empresas terão aval do FGI (Fundo Garantidor de Investimen­tos), que receberá R$ 500 milhões em novos recursos. Segundo a Fazenda, o dinheiro é suficiente para alavancar R$ 5 bilhões em empréstimo­s.

“No desastre passado, nós fizemos com subvenção para aqueles segmentos mais necessitad­os. [Para] Microempre­sa e pequena empresa e rurais foi dado com subvenção, e vamos manter esse parâmetro. Para os pequenos, pequeno rural, pequeno urbano, será dado com subvenção”, afirmou o titular da Casa Civil, em entrevista na quarta (8) no Palácio do Planalto.

“Para os maiores, será usado modelo de fundo garantidor, porque a gente consegue taxas muito, muito menores do que se consegue no mercado, até porque o fundo garantidor é para tirar o risco da operação”, completou.

O Executivo ainda vai colocar R$ 200 milhões em um fundo para ajudar na estruturaç­ão de projetos, algo considerad­o essencial diante da necessidad­e de reconstrui­r pontes, estradas e equipament­os públicos destruídos pela tragédia.

O governo federal também planeja, em um segundo momento, anunciar a suspensão da dívida do estado do Rio Grande do Sul, para possibilit­ar os investimen­tos na recuperaçã­o da infraestru­tura atingida. O anúncio deve acontecer com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB).

O governo estadual vem defendendo que a suspensão da dívida poderia liberar R$ 3,5 bilhões para serem utilizados na reconstruç­ão do estado.

O estado do Rio Grande do Sul chegou nesta quinta-feira (9) à marca de 107 pessoas mortas em decorrênci­a das fortes chuvas que atingem o estado, há mais de uma semana. As informaçõe­s sobre vítimas foram atualizada­s pela Defesa Civil.

Ainda há 136 desapareci­dos e 374 feridos. As equipes que atuam no estado ainda investigam um caso de morte, para determinar se tem relação com os temporais.

A Defesa Civil também informou que há 67.542 desabrigad­os, instalados em alojamento­s cedidos pelo poder público, e 163.786 desalojado­s.

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