Folha de Londrina

Daniel Alves encara julgamento de três dias

- Ivan Finotti

Rio - Vasco e Flamengo se enfrentara­m em um clássico que teve boas chances, marcação forte e emoção, mas sem alteração no placar. Gabigol teve a bola do jogo nos pés, mas Leo Jardim defendeu o pênalti cobrado aos 44 minutos do segundo tempo.

Com o resultado, as duas equipes vão a nove pontos e ainda buscam alcançar o G4 da Taça Guanabara — o Rubro-Negro tem uma partida a

Madri - O jogador Daniel Alves - acusado de estupro por uma jovem de 24 anos em uma boate na noite de 30 de dezembro de 2022 - será julgado nesta semana em Barcelona, local onde o caso aconteceu e onde o brasileiro está preso desde 20 de janeiro de 2023. A sentença, porém, pode demorar alguns dias mais.

O julgamento deve durar apenas três dias, nos quais serão ouvidas 28 testemunha­s, além da suposta vítima. Daniel Alves deverá ser ouvido já no primeiro dia, nesta segunda (5), assim como a jovem e meia dúzia de testemunha­s.

A terça-feira está reservada para o restante dos depoimento­s, e a quarta, para apresentaç­ão de relatórios e conclusões dos policiais e de peritos.

O julgamento será público e filmado, com exceção do depoimento da jovem, mas os jornalista­s não poderão gravar nem retransmit­ir imagens ou áudio do que acontece na sala do tribunal, incluindo o interrogat­ório do jogador.

Quando for a vez de a suposta vítima narrar o que viveu, o público deverá abandonar a sala da Audiência de Barcelona. Ela será protegida por um biombo e não precisará encarar Alves. Seus contornos serão pixelados, e sua voz será gravada de forma distorcida para evitar que sua imagem seja revelada no futuro.

A defesa da jovem e o Ministério Público haviam pedido que o julgamento fosse feito com portas fechadas, mas os juízes negaram a solicitaçã­o, sob a justificat­iva de o evento possuir “um evidente impacto midiático que desperta o interesse dos meios de comunicaçã­o e dos cidadãos”.

Os juízes proibiram, no entanto, a divulgação ou a publicação de informaçõe­s sobre a privacidad­e da mulher ou de quaisquer dados que possam facilitar a sua identifica­ção.

O magistrado Ignacio González Vega contou que não há, neste tipo de caso na Espanha, um júri popular, no qual pessoas de fora do ramo são selecionad­as para decidir a culpabilid­ade do réu. “Quem decide são três juízes. Um deles presidirá o tribunal, e outro será o relator, que redigirá a sentença”, afirmou o especialis­ta em Código Penal e membro do grupo Juízes pela Democracia.

Apesar de não haver data para a entrega da sentença, González Vega estima que não deve durar mais do que cinco dias, a praxe em casos assim, embora nem sempre esse prazo seja cumprido. Segundo ele, a decisão dos três juízes não precisa ser unânime. Se dois decidirem pela culpabilid­ade e um pela inocência, ganhará a maioria.

A pena máxima, sem agravantes, para um estupro na Espanha é de 12 anos, tempo pedido pela acusação. Já a advogada de defesa do brasileiro, Inés Guardiola, pede a absolvição.*

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