Governadores reeleitos em Minas e Rio, e Garcia, fecham com Bolsonaro
Presidente vê como decisivo apoio de Romeu Zema e destaca parceria com Cláudio Castro; Tarcísio diz que não quer PSDB em seu palanque em SP
No mesmo dia em que o PDT e seu candidato à presidência, Ciro Gomes, anunciaram apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida à Presidência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu dois reforços em sua campanha à reeleição ontem: dos governadores reeleitos primeiro turno em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, respectivamente Romeu Zema (Novo) e Cláudio Castro (PL). Além disso, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado na disputa pela reeleição em seu estado, também declarou apoio pessoal e “incondicional” a Bolsonaro.
O presidente afirmou que a ajuda de Zema é “essencial” e “decisiva” para que vença as eleições. O governador mineiro, por sua vez, disse que tem divergências com o chefe do Executivo, mas que neste segundo turno das eleições é importante deixar as diferenças de lado para evitar uma vitória do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro, sabemos que em muitas coisas convergimos e em outras, não, mas é momento em que Brasil precisa caminhar para frente e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário”, disse.
Bolsonaro afirmou que sempre teve afinidades com Zema, mas que lançou o senador Carlos Viana (PL-MG) para a disputa de governador em Minas para facilitar a chegada de seu nome em “pontos mais isolados do estado”. “Quem ganha lá [em Minas Gerais], diz a tradição, pode ganhar a presidência”, resumiu o presidente.
Correligionário do candidato à reeleição, o chefe do Executivo fluminense declarou que pretende fazer do RJ a “capital da vitória”. “Como eu sou do partido do presidente, eu sou apoiador do presidente. Vou me esforçar muito para o Rio de Janeiro ser a capital da vitória do presidente Bolsonaro”, declarou Cláudio Castro, depois de um encontro entre os dois, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Bolsonaro afirmou ter a expectativa de que o Rio se torne, de fato, a “capital da reeleição”. Ele destacou a parceria com o governador fluminense em pautas como o esforço do governo federal para, junto ao Congresso, reduzir o preço dos combustíveis.
SÃO PAULO
Já o governador de São Paulo declarou seu apoio incondicional a Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e a Jair Bolsonaro. “Eu, como candidato a governador do partido, e pessoalmente, como governador de São Paulo, declaro meu apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio”, disse ele na tarde de ontem.
Ao comentar o apoio de Rodrigo mais cedo, Tarcísio afirmou, no entanto, que não fazia sentido ter o PSDB em seu palanque – o que gerou irritação entre os tucanos. Também declarou que o apoio do governador é mais importante para Bolsonaro. “Eu preguei mudança o tempo todo, não faz sentido agora estar com eles [PSDB] no palanque”, disse.
MORO
Eleito senador pelo Paraná no domingo (2),, o ex-juiz Sergio Moro (União), afirmou ontem que o ex-presidente Lula não é uma opção eleitoral para o país e também declarou apoio ao presidente no segundo turno.
“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, afirmou no Twitter o exministro que deixou o governo acusando Bolsonaro de tentativa de interferência na Polícia Federal.