Folha de Londrina

Lojistas liquidam estoque de inverno

Além de liberar espaço para a coleção de verão, as promoções também são uma maneira para movimentar o comércio

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Amenos de 30 dias para o início da primavera, as lojas aceleram a queima de estoques da coleção de inverno. As ofertas e liquidaçõe­s invadiram as vitrines e, em alguns casos, os preços caíram até 50%. Além de liberar espaço para a coleção de verão, as promoções também são uma maneira para movimentar o comércio.

Os comerciant­es comentam que até maio as vendas estavam em ritmo de alta, mas após a greve dos caminhonei­ros o consumidor colocou o pé no freio. “O primeiro semestre estava muito melhor comparado com o ano passado, mas com a greve ninguém comprou mais nada. Agora, o movimento está começando a mudar”, contou Gustavo Antonio Barbo de Melo, gerente de uma loja de roupas femininas.

Melo afirmou que mesmo com produtos em liquidação, a procura pelos artigos de inverno é pouca. “Ninguém entrar (na loja) para comprar roupa de frio. Os que levam alguma coisa, levam para guardarem para o ano que vem”, disse.

A gerente de uma loja de calçados que está liquidando o estoque para fechar para reforma, afirmou que o movimento triplicou desde que iniciou a promoção. “Começamos há uns 12 dias a liquidação da coleção de inverno e a do verão passado e percebermo­s que o movimento triplicou. A intenção era vender todo o estoque antes de fechar, mas acredito que vamos conseguir reduzir o estoque em 30%”, avaliou a gerente Josiane Calazans.

Em uma loja de roupas na rua Sergipe, os produtos de inverno estão em promoção desde meados de julho. De acordo com a gerente Eliete Cândido, a iniciativa aumentou em 80% as vendas. “Foi um inverno diferencia­do, com movimento ameno. Não foi ruim, mas não atingiu as metas”, comentou Cândido.

A expectativ­a é que a coleção de verão, que já está nas araras, atraia os consumidor­es. “Depois do Dia dos Pais, as vendas deram uma caída. A esperança é que o verão seja diferente. Mas precisamos fazer sempre promoções e ações para chamar o cliente”, disse.

INTENÇÃO DE CONSUMO

Apesar do comércio fazer campanhas para aumentar as vendas, o indicador de ICF (Intenção de Consumo das Famílias), elaborado pela CNC (Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgado pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), apresentou queda em agosto. Na comparação com julho, baixou de 104,9 pontos para 103,3 pontos, redução de 1,6%.

Por outro lado, na comparação com agosto de 2017 o indicador mostra elevação de 8,9%. Mesmo com a variação mensal negativa, a intenção de consumo do Estado tem o melhor agosto desde 2015 e se mantém acima da média nacional, que é de 85,6 pontos.

O nível de consumo teve aumento de 1,7% em agosto e a perspectiv­a de consumo subiu 0,4%. No entanto, a maioria dos consumidor­es considera que esta não é uma boa hora para compra de bens duráveis, geralmente de maior valor. Este quesito teve diminuição de 7,2% em agosto.

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Ricardo Chicarelli Segundo os comerciant­es, após a greve dos caminhonei­ros em maio, o consumidor colocou o pé no freio

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