Londrina tem maior estiagem das últimas quatro décadas
A Região Norte do Estado enfrenta uma estiagem considerada atípica pelo Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) para a estação de inverno. Segundo o instituto, Londrina acumula, entre abril e julho de 2018, apenas 68 milímetros de chuvas. O ideal seria 400 milímetros. A falta de água já faz deste período o de maior estiagem desde 1976, quando foi iniciada a medição. Apenas os primeiros três meses do ano apresentaram quantidades consideradas satisfatórias.
A menor temperatura registrada em julho, até agora, foi de 6,4ºC, enquanto a maior ficou em 30,2ºC, porém com sensação térmica maior. Outro problema causado pelo tempo seco é a baixa umidade relativa do ar. No dia 20 de julho, por exemplo, o índice fechou em 28%, nível considerado como de alerta pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
O Corpo de Bombeiros atendeu no primeiro semestre deste ano 156 ocorrências de incêndio ambiental na área urbana de Londrina. Entre janeiro e julho de 2017 foram 161 atendimentos de incêndios ambientais. No Paraná, no mesmo período, a corporação atendeu 5.048 ocorrências do tipo, contra 4.971 do ano anterior.
Para o tenente Paulo Henrique Moreno, do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Londrina, falta uma maior conscientização por parte da população. “As pessoas costumam colocar fogo em lixo, restos de galhos e folhas ou para controlar insetos, mas não têm noção do quanto isso é perigoso. Além de ser crime ambiental, gera fumaça, fazendo mal para a saúde, e oferece risco de tomar proporções ainda maiores”, atenta.
A Lei de Crimes Ambientais determina que a pena para esse tipo de crime, quando for intencional, é de 1 a 4 anos de reclusão e multa. Quando o crime é culposo ,a pena é de 6 meses a 1 ano de detenção e multa.
A entidade preconiza que o índice ideal da umidade relativa do ar seja acima dos 60% Tipo de crime cometido pela imprudência ou negligência, mas sem a real intenção