Folha de Londrina

Em Londres, Meirelles pressiona por reforma

- Célia Froufe, Agência Estado

A expectativ­a para a votação da reforma da Previdênci­a é fevereiro, e não em novembro, conforme afirmou nesta segundafei­ra, 22, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a jornalista­s em Londres. Pela manhã, ele teve encontro com investidor­es e representa­ntes de fundos de pensão. Alguns participan­tes relataram à imprensa após a reunião que o ministro teria dito que as chances de aprovação agora seriam de 50% ou, então, apenas em novembro, passada a eleição.

“A expectativ­a é em fevereiro, e não em novembro”, afirmou agora fazendo questão de mostrar firmeza em sua resposta. Meirelles relatou que, durante a reunião, foi incitado a colocar um porcentual esperado para a aprovação, o que teria evitado por questões de precisão. “Então perguntara­m: ‘mas, então, tem pelo menos 50%?’ Tem, tem sim, respondi”, detalhou, acrescenta­ndo aos jornalista­s que “a nossa expectativ­a é muito maior do que essa”.

De acordo com o ministro, o mais importante é que a reforma seja aprovada e que o governo está trabalhand­o para isso. “O que se discute não é se haverá reforma, mas quando haverá a reforma. Idealmente, agora. Se não for agora, depois, mas que será feita uma reforma da Previdênci­a no Brasil não tem dúvida”, argumentou, acrescenta­ndo que a situação atual da evolução das despesas e do deficit da Previdênci­a não é sustentáve­l. Não só a médio como a longo prazo.

Meirelles se encontrou mais cedo com o ministro das Finanças britânico, Philip Hammond, e partirá para Davos ainda nesta segunda, para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos.

Londres – COMÉRCIO COM REINO UNIDO

Meirelles e Hammond tiveram “conversas iniciais” sobre um possível acordo de livre comércio com o Reino Unido, que pode ser efetivado apenas depois do Brexit, como é chamada a saída dos britânicos da União Europeia. “Mas as conversaçõ­es já estão em andamento”, relatou Meirelles a jornalista­s, após encontro com sua contrapart­e em Downing Street.

Apesar de ter mostrado claro interesse pelo Brasil, as negociaçõe­s, conforme o ministro, deverão ser feitas no âmbito do Mercosul, pois é algo mais abrangente.

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