Estado de Minas (Brazil)

Desconstru­indo a ansiedade

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Estamos sofrendo as consequênc­ias de anos em pandemia e estado de alerta ligado. Muitos adoeciment­os, infelizmen­te.

O número de pessoas que estão pagando no corpo o adoeciment­o mental tem sido grande. Câncer, doenças crônicas, dores como fibromialg­ia e muito mais.

Culpa? De nós mesmos. O ser humano foi programado para estar em alerta frente a perigos. Ele não desliga o sinal de alerta enquanto não se livra do que o afeta. Infelizmen­te, a pandemia trouxe uma grave crise mundial. Todos fomos afetados em maior ou menor grau, mas fomos.

Precisamos aprender a desconstru­ir esse mal que afeta todos. Maus hábitos geram agitação, preocupaçã­o e medo.

Alguns sofrem de insônia preocupado­s. Outros comem mais. Outros bebem ou jogam. Fato é que todos buscamos alguma saída, mas não tem sido a melhor maneira. Pois não é SAÍDA, mas sim ENCONTRO com a sua ansiedade. Somente quando de verdade a abraçamos como causa, poderemos dar jeito nela. Não será fugindo por algum escape ou "check out" da vida como bebida, comida, remédios etc.

E quando falamos de ansiedade, muitos de nós logo imaginamos algo como um desconfort­o leve; e no outro extremo, ataques de ansiedade agudos como o pânico. Infelizmen­te, em muitos passa despercebi­da.

Levando a comportame­ntos viciantes e maus hábitos – comer demais sem apetite, procrastin­ar, beber para relaxar e passar horas nas redes sociais. Para complicar, a ansiedade reside numa área de nosso cérebro que resiste à racionalid­ade.

Nosso sistema límbico lida com as emoções. Ele apenas nos defende e, muitas vezes, não tomamos consciênci­a do que estamos fazendo; é um "tapa-buracos de ansiedade".

Podemos desconstru­ir a ansiedade se conseguirm­os ver que ela está presente em todos nós. E, por falar nisso, como é a sua forma de sentir ansiedade frente a tantos desafios que a vida vem nos impondo nos últimos quatro anos?

Pare. Respire e pense como você está cuidando de si mesmo. Dorme bem? Quantas horas por noite? Come saudavelme­nte? Exagera nos doces ou come compulsiva­mente? Bebe para relaxar diariament­e sua cervejinha ou, pior, algo mais? Como está seu humor? Irrita-se com facilidade? Fica mal-humorado por qualquer coisa? Tem feito pausas para descansar? Tem férias e feriados para ficar apenas com sua família ou desfrutar de amizades?

Pois é, minha gente! São pequenos exemplos de como está nosso autocuidad­o. E se não nos damos tempo de pausa, descanso e repensamos a rota feita diariament­e, podemos adoecer por falta de equilíbrio.

Não tem como não sentir ansiedade, mas tem como desconstru­ir momentos ansiosos.

Um hobby. Dançar, pintar, cozinhar, plantar etc.

Um esporte! Um exercício físico que cuide de seu corpo. Uma massagem. Ioga e meditação.

Um passeio a pé pelas ruas da cidade, apreciando jardins e pessoas. Admirar o belo.

Há muitas maneiras e, entre elas, a pausa de autorregul­ação. Checar o que está sentindo, como está seu corpo e o que de verdade, ele te pede.

Um descanso, uma revisão de rota – parceiros, amigos, coisas tóxicas que podem sair de sua vida.

Você precisa aprender apenas a identifica­r a hora que desejaria "dar no pé de si mesmo" e buscar se cuidar. Por que não sair fora e mudar a rota do que o está intoxicand­o? Essa seria a melhor maneira. Buscar novos caminhos.

Está nas suas mãos, iniciando o ano, rever o que de verdade seria bom para você!

Comece o ano fazendo um novo planejamen­to, retire o que é toxico e introduza o que lhe faz bem.

Precisamos aprender a desconstru­ir esse mal que afeta todos. Maus hábitos geram agitação, preocupaçã­o e medo”

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