Iniciativas que mudam vidas e comunidades
ESG Fórum Cases de sucesso apresentados no encontro mostram a relevância da sigla
A construção do Afrobeto trouxe uma nova perspectiva do alfabeto nas salas de aula da professora baiana Bianca Barreto. Com isso, o recurso afro didático trouxe uma nova forma de alfabetizar os estudantes do ensino fundamental com palavras de origem africana. O projeto foi finalista estadual do Prêmio Educador Transformador, do Sebrae, e foi apresentado ontem no III Fórum ESG Salvador.
“O que você conhece que vem da África e está em seu cotidiano? Se eu pergunto para um adulto, ele não sabe me dizer uma coisa com cada letra, mas quando ele olha para o Afrobeto ele fala: ‘eu almocei isso aqui’. Então, a ideia é que as pessoas se conscientizem da necessidade de falar de África como algo que está próximo da gente”, explicou Bianca.
Para a engenheira e professora de Educação Física, que dá aulas para a rede municipal de Salvador e São Francisco do Conde, a sigla ESG é um mecanismo para fazer com que as empresas possam pensar não só em fatores econômicos, mas também em fatores sociais, ambientais e de governança, principalmente ao trazer que dentro da letra ‘S’ estão as questões étnico-raciais. “Os princípios da ESG estão comigo todos os dias, inclusive na sala de aula, e é assim que nasceu o Afrobeto”, explica.
No Afrobeto, A se torna de acarajé e agogô, enquanto a letra T se torna de turbante e tutu. Em sala, as atividades envolvem música com instrumentos mencionados, comidas para que os estudantes possam experimentar etc. “A diretora sempre fala assim: ‘quando a Bia está dando aula é uma zoada’. É mesmo, porque a escola é lugar de gente viva”, avalia.