Charlando na Baía de Todos-os-Santos
Empresas Passeios de lancha são a nova moda em Salvador; veja preços e onde alugar
Em meio à pandemia, as lanchas viraram uma das alternativas de lazer encontradas tanto por soteropolitanos quanto por turistas na capital baiana. As medidas restritivas aplicadas ao longo de 2020 afetaram as empresas de aluguel de embarcações, mas, desde outubro, quando o sol ficou mais forte, o mercado vem se recuperando e o mês de dezembro já apresentou resultados acima do esperado.
Adquirir uma lancha pode ficar fora do orçamento de muita gente, mas, talvez, um aluguel para um passeio de um dia seja mais acessível para o bolso. Em Salvador, o preço de uma diária pode ficar entre R$ 200 e R$ 500 por pessoa, a depender da empresa, embarcação e roteiro escolhidos.
De acordo com Érico Ribeiro, proprietário da Lanchas Bahia, as locações na empresa aumentaram cerca de 50% nos últimos 12 meses. Segundo ele, a procura está sendo maior que a demanda e a tendência é de aumento ainda maior para janeiro. “Meu telefone agora não para. De ontem (quarta) para hoje (ontem), já recebi mais de 90 ligações para locação. E estão faltando lanchas para alugar. Para este sábado (amanhã), todas as 15 unidades estão reservadas”.
Ribeiro diz que cerca de 60% dos aluguéis são para grupos de famílias e a procura também é muito grande por parte dos turistas. Na Lanchas Bahia, os aluguéis mais frequentes, segundo o proprietário, são para 10 pessoas.
NÃO-CONVENCIONAL
A enfermeira Bianca Mattos, de 41 anos, alugou uma lancha em setembro de 2020 para comemorar seu aniversário em família. O grupo de 10 pessoas seguiu o roteiro para Ilha de Maré e Ilha dos Frades. “Eu já tinha alugado de outra vez e, como não dava para comemorar o aniversário do jeito convencional, como eu gostaria, por conta da pandemia, resolvi apostar no aluguel da lancha e foi um passeio incrível”, conta.
Ela ainda lamentou não ter conseguido alugar uma para o aniversário da prima: “Tentamos para o dia 3 de janeiro, mas todas as lanchas já estavam alugadas”.
Proprietária da Charter Náutico, Gina Barbosa afirma que o aumento neste Verão em relação ao passado é de, ao menos, 20%. Ela crê que a grande procura se deve por conta do número reduzido de pessoas que podem entrar nas embarcações e da obrigatoriedade de passeios exclusivos. “Os grupos são pequenos e não se misturam. Normalmente são pessoas da mesma família, de 4 a 8 pessoas, então elas se sentem mais seguras”, acrescenta.
Já o aplicativo Uboatt, especializado no aluguel e venda de embarcações, registra um aumento de 40% nos aluguéis entre outubro e dezembro de 2020 em relação a todo o período do Verão passado. De acordo com o engenheiro naval e idealizador do app, Leopoldo Amaral, a procura entre grupos de amigos e grupos de familiares fica equilibrada.
Ele destaca ainda que as lanchas mais procuradas são as para entre 9 e 12 passageiros e têm estrutura completa, com aparelhagem de som e churrasqueira, por exemplo. Além disso, 70% das locações no app são feitas por mulheres.
A estudante Yasmin Mello, 21, conta que já tinha costume de alugar lancha com os amigos desde antes da pandemia, mas, com a chegada do coronavírus, os aluguéis foram mais frequentes. “É um ambiente aberto. Se fôssemos para um barzinho, por exemplo, teríamos contato com muito mais pessoas e o risco seria muito maior”, explica.
Preço mais baixo R$ 1.800 (diária), para 9 pessoas. Uma das duas opções: passeio na Ilha de Maré e Prainha, em Aratu, das 9h às 17h, ou passeio para pôr do sol na Barra, das 16h às 18h30
Preço mais alto R$ 4.000 (diária), para 12 pessoas. Passeio para Ponta de Nossa Senhora, Ilha de Itaparica e Porto da Barra
Preço mais baixo R$ 2.500 (diária), para 9 pessoas
Preço mais caro R$ 3.600 (diária), para 12 pessoas
Os dois valores são para passeios na Ilha de Maré ou na Ilha dos Frades, das 9h às 18h
Preço mais baixo R$ 1.800 (diária), para 7 pessoas.
Preço mais caro R$ 7.000 (diária), para 14 pessoas
Os dois valores são para passeios na Prainha, que fica em Aratu, Praia das Neves e São Tomé de Paripe, das 9h às 17h
PROTOCOLO
Nas três empresas, o destino mais procurado é a Ilha dos Frades, com paradas em Loreto e na Ponta de Nossa Senhora. Outros pontos também com bastante procura são Prainha, em Aratu, Ilha de Maré e o Porto do Barra, para o pôr do sol.
Com a pandemia, novos protocolos tiveram que ser adotados para os passeios. Em todas as três empresas, o uso de máscara fica obrigatório para o marinheiro e recomendável para os passageiros, além disso, as embarcações são higienizadas a cada passeio e grupos diferentes não são alocados no mesmo barco. A Lanchas Bahia afirmou que todas as lanchas da empresa comportam um medidor de temperatura corporal e álcool em gel disponível.
A Charter Náutico afirma não fornecer mais talheres ou qualquer item que possa ser compartilhado. Já a Uboatt disse que talheres e pratos são fornecidos em sacos plásticos higienizados e que, para os casos de passeios com pernoite, o mesmo é feito com a roupa de cama.
Para o infectologista Fábio Amorim, do Hospital Couto Maia, a única forma de lazer mais segura é entre pessoas que já moram juntas no mesmo ambiente e estão passando pelo período de pandemia juntas. “Se você se encontra com um núcleo de pessoas que não estão morando com você, mesmo que sejam familiares ou amigos, o risco ainda existe”, afirma.
Ele acrescenta que, para os passeios, é preciso manter o distanciamento, fazer uso de máscara e não se posicionar contra o vento caso haja pessoas atrás de você, porque o risco de contaminá-la acaba sendo ainda maior.
os R$ 41.585, paga-se 48 parcelas de R$ 623,56 e uma ao final dos quatro anos de financiamento de R$ 13.998.
Nesse caso, a vantagem é que o consumidor tem menor consumo, mais segurança (são sete airbags do Yaris contra dois do 408), uma central multimídia moderna e garantia total por cinco anos. A desvantagem será menos potência do motor e um porta-malas menor.
SEGURO
Proporcionalmente, um seguro de um carro novo vale mais a pena por possuir, no geral, uma tarifa de 4,5% a 5% do valor do veículo, afirma o corretor de seguros da Busca Vida Corretora de Seguros, Marcelo Dias. Ainda de acordo com ele, essa tarifa pode chegar a atingir cerca de 10% do valor do carro, em um automóvel usado no geral.
“Isso acontece porque as pessoas com um carro zero têm mais cuidado, o veículo não tem desgaste das peças e existe uma menor probabilidade de acidentes”, explica o corretor. Entretanto, ele ressalta que as taxas variam de acordo com o condutor e o seguro contratado.
Ainda de acordo com Dias, algumas seguradoras cobram preços muito altos para certos modelos de carros a partir de 5 anos de idade. “Um automóvel mais velho perde valor de mercado, mas as peças continuam caras. Uma batida qualquer pode causar perda total no veículo. Por isso, as seguradoras aumentam as tarifas para eles”, informa.
BOM MOMENTO
O começo de ano é um momento oportuno para quem está pensando em trocar de carro. Segundo Paula, os preços dos veículos têm registrado aumento desde o período de reabertura do comércio e a tendência é que o crescimento se mantenha, portanto, é interessante se apressar para fechar o negócio.
“Há falta de insumos para produzir peças, algumas marcas estão com férias coletivas, isso faz aumentar os preços. Em contrapartida, são dadas facilidades para o cliente, como uma taxa promocional ou aumento na avaliação do usado”, diz.
O fato de ainda existirem estoques remanescentes também traz boas oportunidades de compra, garante Pontes, que aponta que estes carros estocados são de pronta entrega e têm preço mais em conta do que os que serão faturados neste começo de ano. “Os fabricantes realizam o aumento do preço no começo do ano”, explica o gerente.
Além disso, o mercado para seminovos está bom, garantindo uma valorização dos veículos usados em níveis até melhores que antes da pandemia, de acordo com Paula.
“Para quem vai usar o carro como parte do pagamento, tem uma excelente avaliação diferentemente de outros períodos antes da pandemia, quando existia um excedente de veículos usados e zero no mercado. Com a pandemia, o mercado retraiu e a demanda ficou reprimida. É um bom momento para quem tem esse interesse”, explica o gerente de Vendas da Indiana Iguatemi, Leonardo Ferreira. Ele ainda pontua que a taxa Selic é a menor da história permitindo a redução da taxa de juros e facilitando a liberação de crédito com parcelas mais justas.
A garantia do veículo é um dos fatores que devem ser levados em conta ao analisar a troca do carro. Usando como exemplo os automóveis da Toyota, que possuem 5 anos de garantia, Moreno aponta que o ideal seria manter o automóvel por cerca de três anos, em caso de motoristas que rodam pouco, e fazer a revenda ainda dentro do período sob a salvaguarda do fabricante.
“Mas, quem roda mais e anda muito em estradas, deve ser considerada a troca do veículo em menos tempo. O interessante é fazer a revenda dentro da garantia para ter uma valorização maior do automóvel. Estar com as revisões feitas também valorizam o carro”, afirma Moreno. Na garantia, ainda se gasta menos com manutenção.
Ferreira informa que outros indicativos para a troca são a quilometragem do carro e a ocorrência de problemas mecânicos ou elétricos. Clientes com um financiamento antigo também podem quitar os débitos e pegar um financiamento com uma taxa menor para um automóvel mais novo.