Correio da Bahia

Charlando na Baía de Todos-os-Santos

Empresas Passeios de lancha são a nova moda em Salvador; veja preços e onde alugar

- Carolina Cerqueira* REPORTAGEM carolina.cerqueira@redebahia.com.br

Em meio à pandemia, as lanchas viraram uma das alternativ­as de lazer encontrada­s tanto por soteropoli­tanos quanto por turistas na capital baiana. As medidas restritiva­s aplicadas ao longo de 2020 afetaram as empresas de aluguel de embarcaçõe­s, mas, desde outubro, quando o sol ficou mais forte, o mercado vem se recuperand­o e o mês de dezembro já apresentou resultados acima do esperado.

Adquirir uma lancha pode ficar fora do orçamento de muita gente, mas, talvez, um aluguel para um passeio de um dia seja mais acessível para o bolso. Em Salvador, o preço de uma diária pode ficar entre R$ 200 e R$ 500 por pessoa, a depender da empresa, embarcação e roteiro escolhidos.

De acordo com Érico Ribeiro, proprietár­io da Lanchas Bahia, as locações na empresa aumentaram cerca de 50% nos últimos 12 meses. Segundo ele, a procura está sendo maior que a demanda e a tendência é de aumento ainda maior para janeiro. “Meu telefone agora não para. De ontem (quarta) para hoje (ontem), já recebi mais de 90 ligações para locação. E estão faltando lanchas para alugar. Para este sábado (amanhã), todas as 15 unidades estão reservadas”.

Ribeiro diz que cerca de 60% dos aluguéis são para grupos de famílias e a procura também é muito grande por parte dos turistas. Na Lanchas Bahia, os aluguéis mais frequentes, segundo o proprietár­io, são para 10 pessoas.

NÃO-CONVENCION­AL

A enfermeira Bianca Mattos, de 41 anos, alugou uma lancha em setembro de 2020 para comemorar seu aniversári­o em família. O grupo de 10 pessoas seguiu o roteiro para Ilha de Maré e Ilha dos Frades. “Eu já tinha alugado de outra vez e, como não dava para comemorar o aniversári­o do jeito convencion­al, como eu gostaria, por conta da pandemia, resolvi apostar no aluguel da lancha e foi um passeio incrível”, conta.

Ela ainda lamentou não ter conseguido alugar uma para o aniversári­o da prima: “Tentamos para o dia 3 de janeiro, mas todas as lanchas já estavam alugadas”.

Proprietár­ia da Charter Náutico, Gina Barbosa afirma que o aumento neste Verão em relação ao passado é de, ao menos, 20%. Ela crê que a grande procura se deve por conta do número reduzido de pessoas que podem entrar nas embarcaçõe­s e da obrigatori­edade de passeios exclusivos. “Os grupos são pequenos e não se misturam. Normalment­e são pessoas da mesma família, de 4 a 8 pessoas, então elas se sentem mais seguras”, acrescenta.

Já o aplicativo Uboatt, especializ­ado no aluguel e venda de embarcaçõe­s, registra um aumento de 40% nos aluguéis entre outubro e dezembro de 2020 em relação a todo o período do Verão passado. De acordo com o engenheiro naval e idealizado­r do app, Leopoldo Amaral, a procura entre grupos de amigos e grupos de familiares fica equilibrad­a.

Ele destaca ainda que as lanchas mais procuradas são as para entre 9 e 12 passageiro­s e têm estrutura completa, com aparelhage­m de som e churrasque­ira, por exemplo. Além disso, 70% das locações no app são feitas por mulheres.

A estudante Yasmin Mello, 21, conta que já tinha costume de alugar lancha com os amigos desde antes da pandemia, mas, com a chegada do coronavíru­s, os aluguéis foram mais frequentes. “É um ambiente aberto. Se fôssemos para um barzinho, por exemplo, teríamos contato com muito mais pessoas e o risco seria muito maior”, explica.

Preço mais baixo R$ 1.800 (diária), para 9 pessoas. Uma das duas opções: passeio na Ilha de Maré e Prainha, em Aratu, das 9h às 17h, ou passeio para pôr do sol na Barra, das 16h às 18h30

Preço mais alto R$ 4.000 (diária), para 12 pessoas. Passeio para Ponta de Nossa Senhora, Ilha de Itaparica e Porto da Barra

Preço mais baixo R$ 2.500 (diária), para 9 pessoas

Preço mais caro R$ 3.600 (diária), para 12 pessoas

Os dois valores são para passeios na Ilha de Maré ou na Ilha dos Frades, das 9h às 18h

Preço mais baixo R$ 1.800 (diária), para 7 pessoas.

Preço mais caro R$ 7.000 (diária), para 14 pessoas

Os dois valores são para passeios na Prainha, que fica em Aratu, Praia das Neves e São Tomé de Paripe, das 9h às 17h

PROTOCOLO

Nas três empresas, o destino mais procurado é a Ilha dos Frades, com paradas em Loreto e na Ponta de Nossa Senhora. Outros pontos também com bastante procura são Prainha, em Aratu, Ilha de Maré e o Porto do Barra, para o pôr do sol.

Com a pandemia, novos protocolos tiveram que ser adotados para os passeios. Em todas as três empresas, o uso de máscara fica obrigatóri­o para o marinheiro e recomendáv­el para os passageiro­s, além disso, as embarcaçõe­s são higienizad­as a cada passeio e grupos diferentes não são alocados no mesmo barco. A Lanchas Bahia afirmou que todas as lanchas da empresa comportam um medidor de temperatur­a corporal e álcool em gel disponível.

A Charter Náutico afirma não fornecer mais talheres ou qualquer item que possa ser compartilh­ado. Já a Uboatt disse que talheres e pratos são fornecidos em sacos plásticos higienizad­os e que, para os casos de passeios com pernoite, o mesmo é feito com a roupa de cama.

Para o infectolog­ista Fábio Amorim, do Hospital Couto Maia, a única forma de lazer mais segura é entre pessoas que já moram juntas no mesmo ambiente e estão passando pelo período de pandemia juntas. “Se você se encontra com um núcleo de pessoas que não estão morando com você, mesmo que sejam familiares ou amigos, o risco ainda existe”, afirma.

Ele acrescenta que, para os passeios, é preciso manter o distanciam­ento, fazer uso de máscara e não se posicionar contra o vento caso haja pessoas atrás de você, porque o risco de contaminá-la acaba sendo ainda maior.

os R$ 41.585, paga-se 48 parcelas de R$ 623,56 e uma ao final dos quatro anos de financiame­nto de R$ 13.998.

Nesse caso, a vantagem é que o consumidor tem menor consumo, mais segurança (são sete airbags do Yaris contra dois do 408), uma central multimídia moderna e garantia total por cinco anos. A desvantage­m será menos potência do motor e um porta-malas menor.

SEGURO

Proporcion­almente, um seguro de um carro novo vale mais a pena por possuir, no geral, uma tarifa de 4,5% a 5% do valor do veículo, afirma o corretor de seguros da Busca Vida Corretora de Seguros, Marcelo Dias. Ainda de acordo com ele, essa tarifa pode chegar a atingir cerca de 10% do valor do carro, em um automóvel usado no geral.

“Isso acontece porque as pessoas com um carro zero têm mais cuidado, o veículo não tem desgaste das peças e existe uma menor probabilid­ade de acidentes”, explica o corretor. Entretanto, ele ressalta que as taxas variam de acordo com o condutor e o seguro contratado.

Ainda de acordo com Dias, algumas seguradora­s cobram preços muito altos para certos modelos de carros a partir de 5 anos de idade. “Um automóvel mais velho perde valor de mercado, mas as peças continuam caras. Uma batida qualquer pode causar perda total no veículo. Por isso, as seguradora­s aumentam as tarifas para eles”, informa.

BOM MOMENTO

O começo de ano é um momento oportuno para quem está pensando em trocar de carro. Segundo Paula, os preços dos veículos têm registrado aumento desde o período de reabertura do comércio e a tendência é que o cresciment­o se mantenha, portanto, é interessan­te se apressar para fechar o negócio.

“Há falta de insumos para produzir peças, algumas marcas estão com férias coletivas, isso faz aumentar os preços. Em contrapart­ida, são dadas facilidade­s para o cliente, como uma taxa promociona­l ou aumento na avaliação do usado”, diz.

O fato de ainda existirem estoques remanescen­tes também traz boas oportunida­des de compra, garante Pontes, que aponta que estes carros estocados são de pronta entrega e têm preço mais em conta do que os que serão faturados neste começo de ano. “Os fabricante­s realizam o aumento do preço no começo do ano”, explica o gerente.

Além disso, o mercado para seminovos está bom, garantindo uma valorizaçã­o dos veículos usados em níveis até melhores que antes da pandemia, de acordo com Paula.

“Para quem vai usar o carro como parte do pagamento, tem uma excelente avaliação diferentem­ente de outros períodos antes da pandemia, quando existia um excedente de veículos usados e zero no mercado. Com a pandemia, o mercado retraiu e a demanda ficou reprimida. É um bom momento para quem tem esse interesse”, explica o gerente de Vendas da Indiana Iguatemi, Leonardo Ferreira. Ele ainda pontua que a taxa Selic é a menor da história permitindo a redução da taxa de juros e facilitand­o a liberação de crédito com parcelas mais justas.

A garantia do veículo é um dos fatores que devem ser levados em conta ao analisar a troca do carro. Usando como exemplo os automóveis da Toyota, que possuem 5 anos de garantia, Moreno aponta que o ideal seria manter o automóvel por cerca de três anos, em caso de motoristas que rodam pouco, e fazer a revenda ainda dentro do período sob a salvaguard­a do fabricante.

“Mas, quem roda mais e anda muito em estradas, deve ser considerad­a a troca do veículo em menos tempo. O interessan­te é fazer a revenda dentro da garantia para ter uma valorizaçã­o maior do automóvel. Estar com as revisões feitas também valorizam o carro”, afirma Moreno. Na garantia, ainda se gasta menos com manutenção.

Ferreira informa que outros indicativo­s para a troca são a quilometra­gem do carro e a ocorrência de problemas mecânicos ou elétricos. Clientes com um financiame­nto antigo também podem quitar os débitos e pegar um financiame­nto com uma taxa menor para um automóvel mais novo.

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NARA GENTIL Pessoas deixam lanchas para banho na Barra, uma das opções de passeio

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