Correio da Bahia

FIQUE ATENTO

- *COM SUPERVISÃO DO CHEFE DE REPORTAGEM JORGE GAUTHIER

e contras no papel, acabou trocando o VW Gol 2014/2015 por um Ford New Fiesta, ano 2015/2016 - o antigo veículo que tinha cerca de 100 mil quilômetro­s de rodagem ainda serviu como parte do pagamento do novo carro, comprado de um único dono e com rodagem de apenas 30 mil quilômetro­s. A economia, segundo Filipe, foi de quase R$ 22 mil.

“Comprei praticamen­te um carro novo. Valeu muito a pena. Hoje, a gente vê que um carro convencion­al custa entre R$ 40 e R$ 50 mil. Pegando um usado dá para pegar um carro melhor por um preço muito mais barato”, afirma Filipe, que trabalha na área da construção civil.

O educador financeiro Edísio Freire explicou ao CORREIO que, como tudo na vida, a compra de carros seminovos tem suas vantagens e desvantage­ns. Ele aponta que no final das contas tudo depende da vontade do consumidor. A favor dos seminovos, segundo Freire, está a possibilid­ade do consumidor adquirir um veículo de um porte mais avantajado, gastando o mesmo dinheiro que utilizaria na compra de um carro novo mais popular.

Por outro lado, carros novos possuem melhores taxas de financiame­nto do que seminovos - a depender da quantidade de parcelas que o comprador precisar até quitar o veículo. Uma dica oferecida por Edísio Freire é economizar: o cliente deve guardar a maior quantidade de dinheiro possível para dar de entrada.

Dessa forma é possível reduzir o número de parcelas e, consequent­emente, os juros do financiame­nto. Além disso, o consumidor tem maior controle sobre a negociação: o poder de barganha é diretament­e proporcion­al ao valor de entrada que se tem a oferecer.

“Custo-benefício é a palavra-chave. Quando faço consultori­a para famílias de classe média, por exemplo, sempre aconselho que busquem um veículo que consiga unir conforto, segurança e economia. Às vezes, o valor do veículo até cabe no orçamento, mas é necessário que o comprador pesquise valores de IPVA, manutenção e consumo de combustíve­l”, explica Freire.

Para a compra de veículos seminovos, o educador afirma que a pesquisa se faz ainda mais essencial. Ele aconselha ouvir a opinião de outras pessoas, como familiares, um mecânico de confiança ou aquele amigo que entende de carro.

Além disso, Freire aponta que investigar o histórico do seminovo é fundamenta­l: o consumidor deve questionar se o carro já foi batido, se sofreu alguma avaria e buscar o histórico de manutenção do veículo para não ter nenhuma dor de cabeça após realizar o sonho.

“Caso a pessoa opte por um seminovo é importante checar todo o histórico do veículo para evitar surpresas”, afirma o educador financeiro. Manual Como regra geral, a primeira coisa a fazer ao avaliar um carro é ir direto ao manual do proprietár­io

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